Does it make any sense?! No? So, welcome.
30
Nov 07
publicado por Andi, às 23:00link do post | comentar | ver comentários (4)

Estava sentada num das cadeiras escuras e desconfortáveis da cozinha. Comia vagarosamente o seu pequeno-almoço, cereais com leite. A cozinha à sua volta, branca, exceptuando as cadeiras, era incrivelmente escura... Inóspita. Era o costume. O costume de todos os dias serem iguais, de haver sempre a mesma rotina, as mesmas caras à hora exacta, as mesmas tarefas repetidas indefinidamente, o costume. Era o costume que a tornava tão amarga, muito pouco receptiva e escura, apesar da sua aparente brancura. Como Arminda, conclui Fantasia esse seu pensamento.

 

Pela janela havia uma ponta de luz ténue e baça que atravessava a cortina alva rendilhada e que iluminava fracamente a cozinha. Estava bastante escuro na rua, apesar de ser sete da manhã. O Verão já se havera ido embora, e nem se havia despedido dela... Queria sair à rua, essa era a razão pela qual tinha acordado mais cedo que todos, queria correr atrás do Verão pedir que ficasse, com o Outono e o Inverno, porque não poderiam ficar todos? Porquê cingir-se à monotonia de cada um, auto-impor a solidão, porquê o abandono, a solidão, o isolamento?Mas a escuridão fazia-a reprimir esse seu desejo de sair dali, fazia-a demorar a comer o pequeno-almoço.

 

Remexeu a colher por entre os cereais ensopados, nada daquilo lhe estava a saber bem... Mas tentou não pensar muito nisso, não tinha mais que comer. Repentinamente surge um pensamento na mente de Fantasia vindo do nada, nem sabe como o foi buscar, mas a verdade é que se interrogou como o seu búzio havia parado às mãos de José.... Será que? Não! José jamais poderia ter uma relação com um gatuno, como ela designava Pedro. O seu único amigo para além do mar era amigo, era cúmplice do ladrão do seu maior tesouro. Ainda que o tivesse devolvido, era sinal que Pedro o havia dado, ou será que José o havia tirado a ele? Era isso, José ao reconhecer o grande búzio que lhe havia dado com certeza reprimiu o rapaz e tirou-o. Restava-lhe agora saber em que circunstâncias isso tinha acontecido... Isso causava-lhe uma enorme curiosidade, pelo que decidiu apressar-se a comer, pois embora fosse Domingo e a irritante campainha só tocasse às nove, não se podia dar ao luxo de ser apanhada. 

 

Já com a taça nas mãos delicadas, e no entanto fortes, Fantasia dirigia-se para a bancada da cozinha. Mas sente-se observada, há alguém na cozinha... Vira-se e vê Alfredo.

sinto-me: useless
música: Home - Foo fighters

27
Nov 07
publicado por Andi, às 22:24link do post | comentar | ver comentários (4)

Encaminharam-se então as duas pelo carreiro de pedra batida que ligava a Instituição ao caminho principal. Antecipando a visita ao mercado, Fantasia parecia nem reparar nos pequenos pormenores por que reparava habitualmente quando ali passava. As várias teias de aranha que pendiam dos vários arbustos que ladeavam o caminho, brilhavam sob aquele sol com resquícios estivais, inúmeras ervas daninhas brotavam entre as várias flores silvestres, que por ali desabrochavam. Um momento de fragrâncias, cores que Fantasia sempre presenciava e apreciava quando ali passava, não se deu, não desta vez.

 

O mercado ficava para lá do porto, quase no centro da vila. Filipa, que era bastante mais velha que Fantasia sabia o caminho, embora não o fizesse muitas vezes, mais certo que Fantasia era certo, sabia-o bastante bem, pois ao contrário do que a maior parte das pessoas pensava, ela tinha muito boa memória. Foi calcorreando as ruas apertadas, de calçada, sempre com Fantasia no seu encalço. Não haviam muitas pessoas na rua àquela hora da matina, a maior parte encontrava-se ainda em casa, e preparava-se para ir trabalhar ou ir para a escola. Havia ainda duas ou três tabernas, onde apenas se encontravam os seus clientes mais habituais e madrugadores. A vila, encontrava-se, assim, a acordar lentamente, sem pressas. Feliz por não ter pessoas que a conhecessem ali, que a pudessem olhar  como se soubessem tudo o que ela havera feito, como se soubessem a sua origem, todos os seus defeitos. Sentia-se constantemente assim quando estava na Instituição, mas não ali, nem na praia, enfim, fora da Instituição.

 

Atravessaram ruas e ruelas até pararem em frente a um grande portão de grades pretas, e com um letreiro grande, e já desbotado pelo tempo caprichoso, a dizer "Mercado". Um sorriso leve surgiu nos lábios carnudos e rosados de Fantasia, nunca pensara em vir mais ao mercado, desde pequena.  A lista elaborada por Arminda e com vários produtos inusuais , devido à presença de Alberto, foi retirada da pequena mala que Filipa levava na sua mão. Encaminhou-se então para dentro do portão preto, contudo , ainda antes avisou Fantasia:

"Não te afastes muito, eu faço as compras sozinhas, depois só preciso da tua ajuda para as levar, encontramo-nos aqui dentro de meia hora." 

Fantasia assentiu.

 

Primeiro, os seus olhos tiveram que se habituar à vivacidade de todo aquele local, o reboliço das pessoas, o apregoar dos vendedores, o ar impregnado de tantos sabores que até lhe custava respirar, os vários animais que por ali passavam à procura de alimento, de entre os quais cães e gatos, provavelmente vadios.

Fantasia arrepiou-se quando viu o primeiro gato, grande, cinzento e com uns olhos verdes redondos e brilhantes. Olharam-se mutuamente, o olhar orgulhoso e nunca submisso do gato afastou-se altivamente do olhar de Fantasia, e seguiu em frente. Fantasia segui-o atentamente com o olhar. Não gostava de gatos, era um facto. Mas não encontrava razões convincentes para isso. Irritavam-na, simplesmente. Adiante, encontrou as primeiras barracas montadas pelos comerciantes.  Legumes viçosos regalavam os seus olhos, a mistura confusa de frutas, sementes, vegetais de todas as qualidades, remexidos pelas pessoas que já por ali haveriam passado. Parou por uns instantes tentando vislumbrar todas as pessoas que por ali haviam passado, as suas caras, a sua expressão ao examinar os produtos, os olhares atentos aos preços, todo o passado e história que havia ligado àquela simples pessoa que num certo momento da sua vida apenas queria comprar vegetais por um preço acessível. Em certos momentos era assim que as outras pessoas se resumiam. E ela? Era apenas uma outra pessoa que pensava nas outras, embora o contrário não acontecesse.  Decidiu continuar. Mas imobilizou-se novamente, pois reparara que havia uma rapariga que, com um aspecto alheio a tudo, introduzia os seus compridos dedos no saco de feijões que lá haviam. Mergulhou completamente os dedos, e remexeu-os com um prazer singelo.

 

Sorriu perante aquela cena e prosseguiu. Havia mais adiante um forte cheiro a maresia, aquele cheiro inebriante que acorda qualquer um e que a levava a relembrar o seu passeio com José , o pescador, as vagas do mar, o balançar suave do barco... Foi seguindo a forte fragrância e encontrou uma banca de peixe. Horrorizou-se com os vários peixes mortos expostos em filas, alguns apresentando o ventre esventrado, outros ainda inteiros, mas todos com os olhos vidrados e exalando aquele cheiro característico. Perante aquela deprimente visão, Fantasia virou as costas e começou a afastar-se quando uma voz masculina, no entanto, muito doce a chamava.

"Eh, menina!"

O sotaque era cerrado, e tão característico que Fantasia reconheceu, de imediato, aquela voz. José.

 

Este foi ao seu encontro. Havia alguns dias que não o via, e sentia a sua falta. Falta essa também sentida pelo simples pescador. Aproximando-se dela, disse-lhe:

"Nunca mais apareceste na praia, nem no porto. Fiquei à tua espera, para dar mais alguns passeios no meu barco. O mar também tem estado à tua espera. Tem sentido a tua falta. Vejo nas marés e na espuma suja que ele tem, que tem saudades tuas."

Fantasia baixou o olhar, indicando que tal não lhe havia sido possível. Por seu lado, José que compreendeu imediatamente tentou animá-la com um sorriso meigo e gentil, habitual vê-lo assim.

"Acho que isto te pertence"

Disse ao retirar da sua sacola de lona o búzio que antes lhe tinha dado, e que haviam retirado. E que agora lhe davam novamente.

 

Recebeu o seu búzio nas mãos trémulas e agradeceu com um trémulo sorriso, pois na altura, nem conseguiu agradecer como queria, tal era a satisfação.

 

 

*

Já a noite caía, lenta, densa e escura e assustava-a com  a sua escuridão... Encolheu-se mais um pouco na sua cama e abriu momentaneamente os olhos para vislumbrar o seu búzio antes de adormecer. E relembrou-se, novamente, do som e do cheiro que dele saía e que lhe recordavam o mar...

sinto-me: ...
música: Photograph - Nickleback

24
Nov 07
publicado por Andi, às 23:13link do post | comentar | ver comentários (3)

Existem várias coisas que não compreendo e acho completamente irracionais. Existem outras que me irritam pelas mais variadas razões. E ainda existem outras que, simultaneamente,me irritam e que eu não compreendo de todo!

 

A violência doméstica faz parte dessas coisas que abomino e que não têm qualquer razão de ser. É algo que mexe comigo, que me revolta profundamente! Costumo ser uma pessoa pacata, mas existem estas coisas que me tiram completamente do sério. Estarão-se a perguntar o porquê desta divagação... Bem isto vem em consequência de uma notícia que vi. Oito mil mulheres em nove meses... Isto são os casos em que houve denúncias, eu nem quero pensar no número REAL de mulheres que sofre violência, na maior parte das vezes, do rico maridinho... Este número  de casos, só destes nove meses, foi superior ao de 2006. A cada momento que passa irrito-me mais um pouco. Talvez devesse pensar pelo lado positivo (?!) e acreditar que o número aumentou, não porque a violência aumentou, mas sim porque o número de denúncias aumentou... Infelizmente não consigo ser tão optimista.

 

Amanhã é o Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra a Mulher. Solidarizo-me com todas essas vítimas que de uma forma ou de outra sofrem violência, não apenas física. Existem vários tipos de violência, para mim a discriminação é uma espécie de violência. A perspectiva altva com que alguns homens, e mesmo mulheres, infelizmente,  têm do sexo feminino é deprimente. A ideia enraizada desde séculos que a mulher é um ser frágil e inseguro, que necessita de um homem para se guiar e que não é tanto capaz de certos feitos como os homens leva, inconscientemente, a uma submissão perante os homens. Felizmente algumas mulheres já se livraram da ideia de inferioridade. Não digo que todas sejamos assim, mas por vezes existe uma ideia de incapacidade, se bem que muitas vezes inconsciente, que nãonos eprmite arriscar, dar um salto! Não digo que haja uma igualdade entre os dois sexos, na verdadeira acepção da palavra, porque tal é impossível.  Poderia sim haver uma igualdade perante a lei, uma igualdade de direitos, em qualquer direito, desde os mais insignificantes até aos mais importantes.

 

Já fui confrontada com algumas situações em que o único factor que contou foi o facto de ser mulher, mas nunca deixei que me fizessem sentir inferior e humilhada. Espero que nunca se sintam também!


18
Nov 07
publicado por Andi, às 15:08link do post | comentar | ver comentários (2)

Tenho andado a ouvir esta música ultimamente. Gosto. É daquelas músicas em que compreendemos completamente a letra, e que nos põe a pensar, pelo menos a mim.

 

 

 

Wish I were with you
I couldn't stay
Every direction
Leads me away
Pray for tomorrow
But for today

All I want is to be home

Stand in the mirror
You look the same
Just lookin' for shelter
From cold and the pain
Someone to cover
Safe from the rain

All I want is to be home

Echoes and silence
Patience and grace
All of these moments
I'll never replace
No fear of my heart
Absence of faith

All I want is to be home
All I want is to be home

People I've loved
I have no regrets
Some I remember
Some I forget
Some of them living
Some of them dead

All I want is to be home
música: Home - Foo Fighters
sinto-me: pensativa

17
Nov 07
publicado por Andi, às 19:43link do post | comentar

... de trabalhos, e mais trabalhos, pesquisar, resumir, passar, arghh. Preciso de uns dias sem fazer nada. E como tenho andado ocupada, escrever muito no blog na me tem apetecido. Ao menos, sempre ponho uns vídeos, engraçados, diga-se.... Como este.

 

sinto-me: farta

13
Nov 07
publicado por Andi, às 23:38link do post | comentar
A quem for uma alminha generosa, e me quiser ajudar para o meu trabalho sobre alimentos transgénicos, basta ir ao blog "em construção",que estána minha lista delinks e fazer o inquérito que está lá, são só três perguntes, e na custa nada. Ah, e para quem já esperava mais um post de Fantasia, desculpem a demora, e era um bom motivo para fazerem o questionário. Agradeço a colaboração
música: Bleed like me - Trapt

publicado por Andi, às 22:44link do post | comentar | ver comentários (2)

Vestiu o uniforme de sempre. Nem olhou para si no espelho, partido no canto inferior direito, esconjecutrado , que havia no seu quarto, desde... Bem, sempre! Sempre que se lembrava da sua vida, todas as suas memórias, vivências haviam se passado ali, na Instituição, tudo o que era anterior a isso, não importava, era como se não existisse. Mas esse pensamento não perpetuou muito na sua mente, não lhe importava o espelho, mais que velho, que estava no seu quarto, nem o facto de não gostar de se ver no espelho, tão pouco se o seu traje estava desalinhado. Encontrava-se extremamente curiosa acerca do que lhe iria acontecer, não sentia medo, isso não, sentia uma fascinação, como se o facto de lhe ter sido entregue um castigo que ela na sabia como iria decorrer e quem a iria supervisionar fosse algo de bom, excitante. Não era exactamente isso, era apenas a novidade, o perfume ténue e disfarçado que o desconhecido oferecia aos seus sentidos, que ela captava mas não conseguia desdobrar e perceber os seus contornos, não conseguia materializar.

 

 

Já na parte exterior da Instituição, no coberto, como lhe chamavam, Fantasia sentou-se num banco de pedra rude que ali se encontrava, languidamente, a observar o céu tingido de cores que não existiam, sentiu vontade de pintar aquela paisagem, mas sabia que não podia, por enquanto... O Verão já findava, e o Outono já se fazia sentir. Os frutos maduros do Verão, que anteriormente se encontravam cheios de sumo doce, e que ostentavam alegremente cores vivas, agora começavam a perder a pujança de outrora, ficavam nostálgicos, como Fantasia pensava, e, por um qualquer desgosto, deixavam-se cair com as folhas, também amarelecidas.

O vento já não se mostrava meigo como no Verão, insurgia-se contra alguém, fazia levantar as folhas, e fazia-as rodar num rodopio de cores. Contudo, era no mar que Fantasia mais poder ver diferenças, apesar de não o poder ver, conseguia-lhe adivinhar as ondulações, a espuma branca, a cor indefinida, todo o mistério que o envolvia.

 

Envolta nestes pensamentos, e tentando adivinhar qual o tempo que faria naquele dia, não deu pela presença de Filipa, uma das suas colegas mais velhas. Alta e esguia, com olhar melancólico, escuro, morena por natureza, Filipa era uma das pessoas mais calmas da Instituição, de tanto que, por vezes era completamente apática a tudo, não parecia desperta. Era, provavelmente das pessoas com quem Fantasia se dava melhor ali. Surpreendida, Fantasia pôs-se de pé num salto, e esperou pelas indicações da sua suposta supervisora. Era normal eles fazerem várias tarefas, dividirem o que há para fazer, se bem que Fantasia nunca participava, todos tentavam ter o mínimo de contacto com ela. Achavam-na diferente, esquisita.

 

Apesar de tudo, a rapariga não deixou de ficar surpresa, esperava alguém detestável , que a fizesse passar um dia árduo, com muito trabalho, que mal a deixasse respirar, não fazia sentido. E se fizesse, era algo que ela não compreendia!

 

Filipa, com a sua voz monocórdica e sonolenta, disse com uma pronúncia muito própria dela que elas deveriam ir ao mercado, que lhes tinha sido dado uma lista, a qual tinham de seguir rigorosamente, sublinhou Filipa.

 

Mais uma vez, Fantasia abriu e fechou a boca de espanto, os olhos arregalados. Mais surpresa era difícil. Tentou então estabelecer contacto com Filipa, era raríssimo ela falar, e quando o fazia era com bastante dificuldade, e só com esforço, as pessoas compreendiam completamente o que ela queria dizer.

 

Vamo pó mecad da via?" disse atabalhoadamente.

Filipa assentiu.

 

Deu um salto de satisfação. Havia anos que não ia ao mercado! E gostava tanto, trazia lhe tantas recordações....

música: Mr. Brightside - The Killers
sinto-me: inútil

03
Nov 07
publicado por Andi, às 18:27link do post | comentar | ver comentários (6)

Aparentemente vou ter que engolir o que disse num post anterior quanto ao lixo, quanto à sua deposição. Não que isso não aconteça, porque acontece, mas porque existem muitas situações aqui nos Açores que atenuam, digamos assim, esse gesto bastante errado por parte dos meus conterrâneos açorianos.

 

Isto tudo porque os Açores foram nomeados o segundo melhor destino turístico, em termos de ilhas, da Europa. Pode até não parecer muito, mas tendo o nosso arquipélago que competir com as tão famosas ilhas do Norte, da Dinamarca, e de outros países parecidos, a mim parece-me um grande reconhecimento. Aliás, nem é preciso ir até ao Norte da Europa, mais um pouco abaixo dos Açores temos a Madeira, que em termos de turismo é muito mais popular. O aspecto grosseiro, as paisagens vulcânicas, os muitos locais onde a Natureza se revela inocente e intacta, foram pelo que eu li algumas das razões pela alta pontuação, 84 em 100. A cultura enraizada e muito peculiar que aqui se vive também é essencial, existem tantos e tão diferentes costumes aqui, que se eu quisesse enumerá-los, semanas não dariam. Apesar dos muitos aspectos em comum, entre as várias ilhas, existem algumas diferenças, algumas mais perceptíveis que outras mas todas constroem a personalidade de cada ilha, e em conjunto, do arquipélago.

 

Ando um pouco nostálgica ultimamente, talvez por saber que este é o último ano que passo aqui, a tempo inteiro, aproveitando as coisa com tempo, porque, apesar de tudo, gosto muito de viver aqui, da proximidade de tudo, para onde quer que vá tudo me é conhecido, familiar. Não vou começar a enumerar os motivos porque gosto de viver aqui, descansem. Apenas deu-me uma veia de patriotismo hoje, não se pode fazer nada...


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