Does it make any sense?! No? So, welcome.
17
Jun 10
publicado por Andi, às 19:11link do post | comentar

Ontem dei-me conta que a maior parte do que escrevo não dá para ser condensado, não dá para referir uma frase e considerar o que eu escrevo é bom (nem mau), aliás, também não quero saber qual das opções é a mais correcta. Mas pus-me a pensar, se exceptuarmos palavras e comentários menos agradáveis (ahh, eufemismo!)  sobre aquilo que eu escrevo, como conseguir condensar aquilo que me vai cá dentro? Será possível? Deve ser por isso que eu não aprecio poesia, nem sou capaz de escrevê-la, porque não consigo condensar tudo aquilo que quero dizer em pouca coisa, não consigo dotar as palavras desse sentido intenso. Só se será realmente capaz de escrever quando se produz frases de tamanho sentido e beleza ou o significado geral só por si é suficiente?!


13
Mai 10
publicado por Andi, às 14:16link do post | comentar | ver comentários (2)

Há quem escreva coisas lamechas quando está em baixo, há quem escreva textos carregados de raiva, eu por vezes experimentei ambos. O problema, ou não, depende da perspectiva acontece quando deixamos de escrever. Agora que começo lembro-me como isso me dá satisfação, de como é boa a sensação de criar algo. Muito mais que algo que seja visível, para além das palavras existe todo um Universo de um potencial inexplorado, que cabe aos criadores dar a conhecer algum desse potencial aos outros. Não estou a dizer que eu me insiro aí. Escrever é um prazer tão simples, requer tão pouco, está ao alcance de toda a gente. Basta a vontade. Vontade chega!

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música: Rise - Eddie Vedder

04
Mar 10
publicado por Andi, às 15:12link do post | comentar

CHOICE by ~PRETTYLINES on deviantART

 

 

 

Engraçado como as quase infinitas variáveis se apresentam perante nós como escolha que podemos tomar, como decisões que apenas dependem de nós, dos nossos caprichos, apenas nós, eu, o indivíduo sabe. Temos esse poder, pelo menos gostamos de pensar que sim.

 

A análise analítica das várias opções leva-nos a uma solução que muitas vezes não desejamos. Evadimo-nos com desculpas, subterfúgios e dissimulações. A escolha pode ser complicada. Podemos evitar ter esse tipo de compromisso, escolher é nossa culpa, pesa sobre nós.

 

*

Rita ia todos os dias ao mercado, comprar fruta fresca para a família. Daquela fruta que reluz e é gula em toda a sua forma, que apetece trincar só para saber como é. Frutas com muitas cores, muitas frutas. Era sua responsabilidade escolher a melhor fruta para os seus filhos e família. Vestia a sua roupa preparada por si no dia anterior, que jazia sobre uma cadeira simples de madeira, no canto do quarto. Vestia-se lentamente, com parcimónia, era um ritual matinal. Esse ritual incluía passar água pelo rosto, sem olhar ao espelho, pentear o cabelo, arrumar o quarto, e abrir a janela do mesmo, para que pudesse arejar. Era a primeira a levantar, preparava o pequeno-almoço da família. Papas de aveia era geralmente o que se comia. Depois de todos comerem, era a sua vez de comer, sempre com calma, mas uma calma energética, sabia que o dia seria longo. Arrumava a cozinha e saía para o mercado, ainda de manhã.

 

 

Sabia quais os melhores vendedores, sabia identificar a fruta que já estaria há dias nos sacos de serapilheira, aquelas que teriam hóspedes a alimentarem-se dela própria, destruindo-se, as maçãs farinhentas, as laranjas insípidas... Tocava, via e cheirava. Levava sempre o mesmo dinheiro, numa carteira bege, feita por si. Quase nem precisava regatear os preços, tal como conhecia os vendedores, estes conheciam-na. Era uma relação cúmplice de negócio, olhares e gestos, eram os intermediários na negociação.

 

Percorreu os corredores estreitos entre as bancadas não só de fruta e vegetais, bem como de flores, tapeçarias, especiarias, era possível encontrar muita variedade de produtos no mercado, mesmo produtos que não fossem comuns de um mercado. Havia um agradável aroma no ar, não conseguia saber de onde vinha. Vinha de todas as bancadas e envolvia-se em si, vinha de si também. Encontrou um novo vendedor no mercado, e foi ver que frutas teria.

 

Tinha frutas estranhas como abacates, mangas, papaias, frutas extravagantes, na sua opinião. Nunca tinha experimentado ou comprado, só comprava produtos locais, como tal não sabia analisar, como era seu costume, aquelas frutas. Mas passou sempre em frente.

 

Teria continuado se o vendedor não a tivesse chamado. Ele expôs-lhe as frutas que tinha arrumadas detrás na bancada, frutas que eram praticamente o mesmo preço que as locais. Rita rejeitou. O vendedor insiste, dá-lhe a cheirar as frutas, até parte uma e dá-lhe a provar. Nos dias seguintes recriminou-se por ter provado, esse instante em que as nossas percepções mudam, e a escolha já não pode ser feita correctamente. Fechou os olhos quando provou e gostou, teria comprado mesmo ali, se não fosse ela, se Rita não tivesse essa obrigação perante a família de lhe comprar fruta fresca que gostassem e que não fosse cara. Contudo aquela não era, porquê rejeitar? Porquê não escolher aquela? Poderia fazê-lo, mas não o fez.

 

Chegou a casa com um saco do mercado, como habitual. Os filhos queixaram-se que algumas frutas tinham bicho, mas esse pequeno erro passou despercebido.

 

Nos dias seguintes que lá passou, teria que passar pela bancada do novo mercador, para comprar a fruta, aquele cheiro impregnava-lhe a roupa e toldava-lhe o pensamento. "Quero comprar", pensava ela, mas punha a mão no bolso e apertava a carteira bege, que lhe relembrava as suas obrigações. E passava em frente. Por vezes, tentava olhar para a outro lado do mercado, mas não havia nada que lhe chamasse a atenção. Ainda para mais, o mercador chamava-a, anunciava as frutas.

 

 

Passou a sonhar com as frutas, comia até rebentar das frutas, num deleite extasiante, ficava toda suja com o sumo doce, lambia os dedos e acordava em sobressalto. Estou parva, pensou ela, mas os dias foram-se seguindo e a escolha cada vez mais se debatia, estas frutas ou as outras, estas ou as outras, estas as outras, as outras...

 

Passadas algumas semanas quando não dormia quase nada, dirigiu-se ao mercado. Nesse dia o mercador novo tinha ainda mais frutas em exposição e ainda mais coloridas e sumarentas, para mal dos seus pecados, ele estava a oferecer algumas às pessoas, para poderem provar. Salivava, também queria. Mas não se conseguia mover, contemplava as frutas, na sua exuberância, e a escolha desapareceu. Estava presa naquele limbo de indecisão, já não tinha escolha. Estava apenas hipnotizada por uma mistura de cores e cheiros tropicais, não encontrava já a sua carteira bege que lhe permitisse voltar à escolha. Tinha-se perdido, não conseguia sair daquele lugar.

 

 

Os dias passaram, os anos, essas divisões de tempo que não interessam a quem está perdido, a quem não tem escolha. Rita permaneceu sempre, voltada para a bancada, com o olhar extasiado para o vazio, pois tempos depois, o mercado foi mudado de lugar. A indecisão deu espaço ao nada.

música: L'autre valse D'amelie - Yann Tiersen

28
Jan 10
publicado por Andi, às 14:38link do post | comentar

Porque escrevo eu? Porque escrevemos nós? Porque damos uso às palavras, por vezes um uso tão inócuo, supérfluo e inútil, que por vezes uma folha amarelecida a voar no meio de um jardim urbano, uma folha que ninguém nota, que ninguém quer, que ninguém vai apanhar, essa folha, por vezes, tem mais significado.

 

Porque escrevo? Isto é escrever? Escreverei porque ultimamente sinto-me incapaz de socializar com alguém de quem nada conheço, será a escrita uma alternativa ao discurso?

 

Sinceramente não me parece. Existe um impulso dentro de nós, pelo menos a maior parte, que nos leva a escrever. Um frenesim nos dedos que os leva a escolher as letras, sem sabermos quais as palavras que escrevemos. Por vezes esse frenesim tem uma causa de dor, de angústia, por outras é uma causa de paz, de entendimentos. Ainda noutras vezes, não tem qualquer tipo de causa. É a fuga da realidade, é o encontro da idealidade, é a descrição do que vemos, é a descrição do que deveríamos ser. É uma opinião, é um comentário, é um insulto. Seja o que for. Sei que nem sempre escrevo, por vezes estou embrenhada noutros assuntos, o curso ocupa-me grande parte do tempo, o tempo escoa-se tão rapidamente, que passo metade dele a decidir o que fazer com o que me resta. Ainda existem alturas em que não sei o que escrever, estou confusa, as ideias misturam-se e entrelaçam-se na minha mente e não consigo separá-las.

 

Leio e escrevo. O que escrevo será realmente meu? Ou será apenas fragmentos combinados do que leio? Serão minhas as palavras? A arrogância não é tanta que me permita afirmá-lo.

 

 

Interrogo constantemente, mas dou poucas respostas. Talvez não me compita a mim fornecê-las.

música: Clint Mansell - Lux Aeterna

27
Nov 08
publicado por Andi, às 12:33link do post | comentar | ver comentários (3)

O despertador toca ao lado da cama onde ela dorme. Endoidece gritando histericamente, tentando contagiá-la por essa histeria infecciosa, fazendo com que ela se levante e deite, na cama de todos os dias, de forma cíclica, repetitiva, autómata. Levante. Deite. Levante. Deite. Sem cessar, sem conseguir respirar mais do que o necessário, fazendo nada mais que o essencial ditado por não sei quem ou por algo mais profundo e mais transcendental do que uma pessoa banal.

 

Tinha-se deitado muito cansada, mas satisfeita por continuar a sua busca incessante pelo riso, sorriso, genuidade... E acordava por algo que lhe corrompia as entranhas de uma velocidade vertiginosa, como tivesse que fazer e ser tudo tão rápido, tão fugaz, parar não era opção, desobedecer, muito menos. Acordou irritada, deu um murro no despertador, mas ele não se calou, começou a gritar com uma voz progressivamente esganiçada, aflitiva quase, uma voz electrónica, despersonalizada, desumana, impessoal como todas as que ouvia, se é que aquilo era ouvir, aquela mistura de sons (ou seriam alucinações de um cérebro cansado de tudo?) esquizofrénica e autista. O barulho insuportável continuou, teve de se levantar. Teria de ser.

 

Calmamente, levantou-se, não ligando ao cabelo desgrenhado e aos pés descalços no chão gelado, era bom até, sentir algum frio. Contornou a cama e arrancou o despertador do seu sítio, desligando-o, matando-o de uma só vez, sem dor, piedosamente não lhe causou dor, poderia tê-lo torturado como ele fazia-lhe todas as manhãs, mas decidiu não gastar tempo nisso.

 

Agarrou o objecto diabólico e foi pô-lo na despensa, num recanto poeirento, onde nunca o seu eu agarrado às convenções sociais, o seu eu mundano, patético se lembrasse de procurar, se lembrasse de resgatar semelhante tortura.

 

Ligou o rádio muito antigo que tinha em casa, velharias dessas que ninguém tem, e ninguém deve ter, e começou a ouvir uma das músicas que mais gostava, algo que era mesmo música, que a fazia sentir bem, que estimulava as sensações, era isso que ela procurava, numa busca incessante e por vezes, infrutífera.

 

Deitou-se outra vez na cama desfeita, vazia de si, vazia de tudo, não por baixo dos lençóis, mas limitou-se a deixar-se cair e ficar na mesma posição, olhando um tecto insensível durante toda a música.

 

 

música: Can't Stop - RHCP

26
Nov 08
publicado por Andi, às 22:41link do post | comentar

 

Olhou-se ao espelho e sorriu, pelo menos tentou. Não era natural nela, não sabia qual esse sentido perverso que fazia as pessoas de antigamente abrir as suas janelas para as entranhas de forma tão pessoal e profundamente constrangedora, não falava só na boca, mas também nos olhos nos ouvidos, nos gestos que todo o riso ou sorriso genuíno incluíam.

 

Tentou outra vez, com mais força, e mais vontade, e outra… Não conseguiu. Era um mistério, e ninguém queria solucioná-lo, todos queriam ignorá-lo como ignoravam tudo e todos, como ignoravam as ignóbeis atrocidades que se cometiam diariamente, a cada hora, cada segundo, cada estilhaço de vida como se de uma garrafa de vinho tinto, daqueles que custavam meia bagatela, mas que sustentavam o vício a muitos, partida se tratasse… Sim, era redundante. A falta de sentidos provoca a redundância, acabámos sempre por voltar ao ponto de inicio, tal qual moscas atordoadas por uma pancada violenta de um papel de jornal grátis (quero ver as vossas caras de desprezo por estes jornais, em  que se recebe informação sem pagar, contrariando todas as leis do Universo, as leis Divinas, que tudo tem de ser pago, e quanto mais exorbitante o valor, melhor será tudo… [e com tudo ela quer dizer tudo ou nada, a redundância mais uma vez, queridos leitores]), jornal esse que já andou em mãos repletas de bactérias, fungos, microrganismos, uma parafernália de seres microscópios, representados sempre nos livros de ciências por cores vivas e brilhantes, como se o mundo em tamanho pequeno, daqueles que se consegue observar totalmente com a objectiva de ampliação 100, fosse assim, fosse mais vivo, mais translúcido, mais brilhante de cores que cobriam todo o espectro da luz; mãos limpas, apenas em termos microscópicos, porque se encontravam repletas de algo imundo, mas incorporável, achava ela que era seriedade, a seriedade mudava as pessoas, faziam-nas insensíveis, indefiníveis, como nada, e ainda haviam as mãos completamente esterilizadas dentro de umas luvas impermeáveis, de uma pessoa também ela impermeável, aliás não era uma pessoa, mas um impermeável por si mesmo…

 

 

A falta de sentidos afectava-a si. [Não pensava sequer em sentimentos, isso não, sentidos apenas, algo que estimule o nosso corpo, algo, alguém, neste tempo ou no outro, neste espaço tridimensional ou no irreal, apenas algo] Tinha estudado grandes poetas que sentiam essa necessidade de mais sentidos, de sentir tudo e todos ao mesmo tempo, ou apenas, de aspirar aromas indeléveis e poder contemplá-los no vazio de um horizonte verde numa hora morta da tarde, quando o sol se esforça pela última vez para aquecer algo que não pode ser aquecido, nem por convecção nem condução. Isso não existia, invenções, como tudo o resto. Irónico como tudo o que buscava ou aspirava era considerado irreal, e tudo o que lhe apresentavam como real ela recusava. Irónico.

Irónico. Será que a ironia também a podia fazer sorrir? Ou poderia também experimentar alguma droga existente no interminável mercado?! Eram tudo opções a considerar, iria continuar a sua busca, baseada na curiosidade. Outro factor desconhecido. Aliás só o conhecido importa saber, supostamente.

 

 

O peso de todo aquele pensamento, a eterna batalha entre o que nos dizem e achámos que devemos fazer pesava-lhe sobre os dedos, e parou de escrever.

 

 

 

 

[O texto poderia acabar aqui, mas ela não sou eu, não quero ser assim tão narcisista que tudo o que escreva seja como eu a escrever, simplesmente não quero. Contudo isto não quer dizer que não acontece. Doces ironias, Batalhas campais e pesos gravitacionais de grande valor… Pesam não só sobre ela, não é assim tão diferente.

 

 

Parou de escrever e deitou-se. O trabalho acumulava-se na secretária, e por trás da pilha de papéis amarelados conseguiu ver os escritos que tinha feito sobre o sorriso, o riso, a genuidade, palavras inexistentes para o mundo, mas não para ela. Tenho de comprar uma máquina de cortar papel [pensou ela]. Amanhã faço isso.]

sinto-me: estranha
música: none

06
Abr 08
publicado por Andi, às 22:23link do post | comentar | ver comentários (7)

Portanto, como já tinha dado a ideia e até algumas pessoas já aderiram, esta ideia de continuarem certos posts que escrevo vai para a frente. O primeiro já saiu e tem como nome "Fragmentos", possivelmente os outros também terão o mesmo nome, para se poderem orientar. Mas antes de lançar o desafio há a impor algumas regras.

1. Para cada "Fragmento" só podem haver, no máximo, cinco textos. É bastante complicado avaliar muitas continuações só para um único texto, e eleger só uma.

2. Quem quiser participar terá que se inscrever, escrevendo um comentário no post do "Fragmento". Os cinco primeiros a inscrever-se serão os que se comprometerão a escrever o resto da história. Se houver mais alguém interessado, terá de esperar por uma próxima vez.

3. Um fragmento sairá num Domingo à noite, de três em três semanas, pelo que os leitores têm esse tempo para elaborar a continuação da história.

4. A continuação do fragmento será enviada para o meu email - andi@sapo.pt - e deverá ter nome e o url do vosso blog ou site, o que quiserem pôr para se identificarem. A história não terá qualquer mínimo ou máximo de palavras, fica ao vosso critério. Mas terá que dar uma espécie de continuação e/ou final ao fragmento.

5. Todas as histórias deverão ser enviadas para o meu email até duas semanas após o fragmento ter sido escrito, para eu as colocar no blog, efectuando-se a votação online. que terá a duração de uma semana.

6.A história vencedora será editada num post juntamente com o fragmento.

E ainda não pensei muito numa forma de dar destaque a isso. Logo penso nisso, e conto também com a opinião dos possíveis participantes. Aliás, se não concordarem com estas regras, ou quiserem acrescentar algo, comentem a expressar a vossa opinião.

música: The Cure - Boys don't cry
sinto-me: feliz :D

03
Abr 08
publicado por Andi, às 23:31link do post | comentar | ver comentários (6)

Ao postar a última história, desta vez fragmentada, e ao receber um comentário que dizia que dava vontade de continuar a imaginar a história, que eu não me tinha proposto a acabar, como o nome indica, é um fragmento de algo, uma vida, uma outra história, quem sabe... Mas como ia dizendo, ao receber esse comentário lembrei-me que poderia desafiar todos os leitores das minhas historinhas (deprimentes) que as continuem, que lhes dêem um fim. Não interessa se é muito ou pouco, não interessa a forma. Depois as continuações era postadas aqui, e haveríamos de arranjar uma forma de lhe dar visibilidade .

 

Achei que era uma ideia gira. Mas gostava de saber a vossa opinião. Porque se não existirem interessados, não vale a pena, isso inclui-te ó three number three " ( o meu leitor mais assíduo que tem muitos nomes...), e já agora de que forma se dava a selecção.

 

Deêm a vossa opinião.

sinto-me: feliz, mas já com sono
música: Wild Man Blues - Louis Armstrong

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