Quanto mais me dizem sim, menos eu quero. Quanto mais me tentam convencer, mais céptica me torno. Quando é suposto eu gostar de coisas "femininas", e ter certos comportamentos que ficam bem a qualquer menina da minha idade, não os tenho, e orgulho-me disso. Serei menos mulher por isso? Não o sinto, aliás sinto-me mais mulher por ser como ser, sem ter que fingir que gosto de falar sobre limpezas e a melhor maneira de arranjar as unhas, e pintá-las de mil e uma cores, nem ir constantemente às compras, embora admita que esporadicamente faz muito bem. Gosto de andar descalça, gosto de esfregar os olhos com muita força de manhã, para acordar, sem ter a preocupação se estão borrados, gosto de estar confortável, gosto de saber que se estiver atrasada posso correr à vontade, pois os sapatos assim o permitem... Gosto de sair de casa, e dar voltar por aí, gosto de ver os bichos que passam na parede e às vezes tocar neles. Gosto, não gosto, gosto, não gosto, gosto, não gosta... Não importa, os gostos são mutáveis, mas a minha essência não (pelo menos assim espero), e se isso significar ser uma espécie de ET em algumas situações, que o seja! Pronto, mais uma confidência irracional. Demência libertada por fim.
Só para dizer que podem mandar as respostas ao desafio fragmento para o meu email, que que esses mesmo textos vão ser postos aqui daqui a duas semanas.