Does it make any sense?! No? So, welcome.
20
Fev 08
publicado por Andi, às 20:07link do post | comentar

"Mau tempo no canal" foi uma constante ao longo de três semanas (tanto tempo!) nas minhas leituras. Escrito pelo ilustre Vitorino Nemésio, que bem a propósito faz 30 anos que morreu ( não gosto de usar o termo aniversário para a data da morte...). Tudo se passa no grupo central destes ilhéus caídos no mar de forma aleatória, especificamente, nas ilhas do Pico, Faial, São Jorge e Terceira. Está classificado como um romance que relata os amores desencontrados de Margarida Dulmo e João Garcia, mas, ou estupidez minha, ou não o percebi assim. Interpretei a história como uma perspectiva sobre as ilhas açorianas e a sociedade da época aos olhos daquela figura feminina, destemida e corajosa, mas no entanto passiva. Existe uma força aparente que governa tudo, desde as pessoas até às manifestações da própria Natureza, que se vêm nas manifestações peculiares do tempo e das profundezas vulcânicas, e que parece vergar todos à sua vontade, uma força determinantemente insular,ou ilhéu, como aparece algumas vezes no livro.

As situações do dia-a-dia ainda se parecem tanto como acontece hoje surpreendeu-me, e certas expressões fizeram-me rir, porque me são muito familiares, e me fizeram pertencer um pouco mais a esta terra. Não sou muito de patriotismos, mas terei sempre, enquanto me considerar eu, esta costela açoriana.


17
Fev 08
publicado por Andi, às 17:45link do post | comentar | ver comentários (2)

Sinto-me à deriva há dias... O tempo passa tão depressa, acho que nem chega a passar, não há tempo. Tudo se resume à efemeridade. 

Boiar na superfície turva do mar salgado e rebelde. Sentir nada mais que o movimento das ondas, movermo-nos em sintonia, e fechar os olhos com tanta força que quando os abrirmos a luz será demasiado intensa. Ficar com as mãos enrugadas, como se de velhice ou trabalho fosse repleta a nossa vida. E de um gesto só, levantarmo-nos, e encaminharmo-nos no sentido contrário ao mar, quando o que queremos é não sair de lá. Porque não ficar? Para quê sair se deixamos de nos sentir tão intensamente, como quando flutuamos? O que nos leva a isso? Nem quero pensar nisso. Só espero pela próxima vez que lá me encontrar.

 

 

 

Sinto saudades do mar...E tuas.

música: The fountain - Clint Mansell
sinto-me: ....

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