Nada do que faço é útil. Estou preso a uma corrente inquebrável, insustentável e, no entanto, ela não existe. Mas eu sinto-a, arrasta-se atrás de mim, faz-me andar devagar, melhor não faz andar. Maldita! Eu poderia livrar-me dela, eu podia fazê-la apodrecer nos meus pensamentos ácidos. Eu podia....
De repente as paredes já não têm o seu tamanho normal. Encolheram. Não consigo respirar, já quase nem consigo ver o ecrã. Sou um escritor quarentão falhado e deprimido, e com crises de claustrofobia...
"Querida vou dar um passeio, vou à rua."
"Bom, faz isso, eu fico aqui em casa a fazer o jantar."