Por vezes gosto de escrever sobre temáticas que me preocupam, que me fazem pensar e que de uma forma ou outra me dizem algo. Não costumo ser pessoal, embora este seja um blog que me retrata como pessoa, uma pequena porção, penso eu e espero, para bem da minha integridade como pessoa.
Não nomeio pessoas, não falo directamente de problemas pessoais, de fobias, de obsessões, o que quiserem. Não por regra restritiva e obrigatória, mas porque me sinto mais à vontade dessa forma, quero exprimir-me como me der na gana, vir aqui escrever que fulano X ou Y fez isto ou aquilo não me parece conteúdo para um blog, meu. Adiante, apesar desses desvios À minha realidade, por vezes tenho que escrever um ou dois posts mais directos. Este é um deles. Por vezes não basta escrever sobre pseudónimos, de situações semelhantes, ou de tentar-se incorporar noutra para tentar obliterar a nossa. Por vezes chega esta necessidade de nos afirmarmos, de gritar o nosso nome e exteriorizar os nossos problemazinhos, tão dramáticos, tão irresolúveis da nossa insignificante existência. A necessidade de ter uma palmadinha nas costas, um falso "tudo vai correr bem", um visão de esperança, algo.
A ruptura da nossa pele escamosa de réptil de indiferença para o que os outros esperam, pensam de nós está na causa de tudo, deste texto, desta irracionalidade, da apatia, dos conflitos. A violência gratuita de magoar as pessoas propositadamente por vezes espanta-me. A arrogância (a má) de achar que se pode dominar todas as áreas, de submeter os outros à sua opinião, ao seu reino de intelectualidade falsa e divindade estupidificante é algo que eu não compreendo.
Não é a primeira vez que me fazem isso. Tentar fazer-me passar por burra ou estúpida. Posso tolerar muitas coisas, mas nesse contexto a minha tolerância esgota-se rapidamente. Não sou boa a avaliar-me, não me importa saber se acham que eu sou boa, ou bonita, ou se sei fazer trabalhos manuais, ou fazer o pino, eu simplesmente não me importo, mas quando põe em causa a minha capacidade de compreender os fenómenos que me rodeiam, quando põe em causa a minha capacidade no meu curso, eu simplesmente não tolero. Estou-me a borrifar se pareço presunçosa, sei que tenho qualidades. Não sou um Einstein, mas não me atirem areia para os olhos. É tão típico essa atitude de tentar levar-nos a pensar que nada valemos, ou então o contrário, pensarmos que valemos mais do que a realidade.
Não comento. Não respondo. Não tento demonstrar por palavras que isso é errado, na maior parte das vezes, porque sei que terei oportunidade de mostrar o que valho. Já o fiz, já me elogiaram por isso. Também já não consegui, mas isso ajuda-me a saber os meus limites.
Este texto e semelhantes que eventualmente surgirão serão uma boa forma de poupar dinheiro num terapeuta. Obrigado a todos pela poupança.