Does it make any sense?! No? So, welcome.
23
Mar 10
publicado por Andi, às 00:10link do post | comentar | ver comentários (2)

...porque... porque... nem tenho paciência para relatar os últimos dias. A descrição que posso dar agora, da secretária e do meu quarto vai dar uma visão geral, desde lenços a cartões do modelo, canetas, copos com água, lenços de papel, o livro do código(inscrevi-me yay!) um monte de post-its e panfletos e o diabo a quatro espalhados na superfície da secretária, tento encontrar um espaço para estudar, tenho malas, carteiras, e todo o género de miudezas espalhadas ao longo do quarto, nunca faço a cama o meu puff tem uma altura em que metade dele é roupa por dobrar, não dobro sequer, uso imediatamente e o chão está bestialmente decorado com sapatos atirados aleatoriamente. Tenho duas merdas de trabalho amanhã e ainda a pensar que era pouco inscrevi-me num workshop... Boa Andreia!


11
Mar 10
publicado por Andi, às 22:53link do post | comentar | ver comentários (5)

em que estou inexplicavelmente cansada.


Tired by ~billysphoto on deviantART
sinto-me: cansada
música: There's Nothing Wrong with Us -David Fonseca

10
Mar 10
publicado por Andi, às 18:28link do post | comentar | ver comentários (2)

Não sei qual é a piada de pagar quase cinco euros para ver um filme e depois passar quinze minutos a ver publicidade (só por si já entediante). O que ainda me aborrece mais é o anúncio da Vodafone, três minutos com um ecrã preto, exceptuando uma frase "Mantenha os olhos fechados", no que é suposto ser uma viagem pela imaginação individual, direccionada apenas pela áudio, e que, pessoalmente, acho a maior seca do Universo, chego a ficar mal disposta, true story.

 

Existe uma ligação bastante forte entre cinema e publicidade, e quem como eu não aguenta muito publicidade, o melhor que devia fazer era ir ver cinema à Cinemateca ou algo do género (as  vezes que já estive para ir lá e nunca fui!!).

 

Continuando a falar de cinema, não podia deixar de referir os Óscares. Não vi alguns filmes, portanto não me posso pronunciar objectivamente, mas uma coisa posso assegurar, existem certos realizadores e tipos de cinema que a Academia não aprecia devidamente, e um exemplo disso é o Tarantino. Mas que dizer? A Academia por si só tem uma maneira estranha de nomear filmes, influenciada, obviamente, por muitos interesses, e questões que não cinéfilas.

 

Finalmente, o meu nojo final vai para a TVI, pelos seus anúncios maravilhosos nos intervalos da emissão dos Óscares... Nem consigo dizer ao certo que anúncio era, mas era literalmente do género "Me liga, vai...".


07
Mar 10
publicado por Andi, às 13:14link do post | comentar | ver comentários (3)

Ultimamente tenho visto as várias temporadas de Simpons que passam na Fox, e nunca me cansa ver esses "macaquins", como eu costumo dizer. Acho genial os vários genéricos da Série, cada um contém algo novo. De todas as séries de desenhos animados é a que de longe prefiro.

sinto-me: simpson

05
Mar 10
publicado por Andi, às 18:47link do post | comentar

Para quem ainda não reparou no lado direito do blog se andarem um bocadinho para baixo (duvido que o tenham feito) existe um dístico que diz Super Blog Awards.

 

Porque raio é que isto está aqui, podem perguntar-se. Bem, nem eu sei responder precisamente. Não tenho pretensões de ganhar, sei perfeitamente que o meu blog é demasiado abstracto, irracional, ou simplesmente estúpido, para ser apreciado e seguido pela maior parte das pessoas. A questão é que quis marcar a minha presença irracional, o espaço da blogosfera também pode ser utilizado para irracionalidades diversas, e essa é uma utilização que me agrada.

 

Portanto sejam irracionais.

 

 

 

música: Hero - Nickelback
sinto-me: publicitária

04
Mar 10
publicado por Andi, às 15:12link do post | comentar

CHOICE by ~PRETTYLINES on deviantART

 

 

 

Engraçado como as quase infinitas variáveis se apresentam perante nós como escolha que podemos tomar, como decisões que apenas dependem de nós, dos nossos caprichos, apenas nós, eu, o indivíduo sabe. Temos esse poder, pelo menos gostamos de pensar que sim.

 

A análise analítica das várias opções leva-nos a uma solução que muitas vezes não desejamos. Evadimo-nos com desculpas, subterfúgios e dissimulações. A escolha pode ser complicada. Podemos evitar ter esse tipo de compromisso, escolher é nossa culpa, pesa sobre nós.

 

*

Rita ia todos os dias ao mercado, comprar fruta fresca para a família. Daquela fruta que reluz e é gula em toda a sua forma, que apetece trincar só para saber como é. Frutas com muitas cores, muitas frutas. Era sua responsabilidade escolher a melhor fruta para os seus filhos e família. Vestia a sua roupa preparada por si no dia anterior, que jazia sobre uma cadeira simples de madeira, no canto do quarto. Vestia-se lentamente, com parcimónia, era um ritual matinal. Esse ritual incluía passar água pelo rosto, sem olhar ao espelho, pentear o cabelo, arrumar o quarto, e abrir a janela do mesmo, para que pudesse arejar. Era a primeira a levantar, preparava o pequeno-almoço da família. Papas de aveia era geralmente o que se comia. Depois de todos comerem, era a sua vez de comer, sempre com calma, mas uma calma energética, sabia que o dia seria longo. Arrumava a cozinha e saía para o mercado, ainda de manhã.

 

 

Sabia quais os melhores vendedores, sabia identificar a fruta que já estaria há dias nos sacos de serapilheira, aquelas que teriam hóspedes a alimentarem-se dela própria, destruindo-se, as maçãs farinhentas, as laranjas insípidas... Tocava, via e cheirava. Levava sempre o mesmo dinheiro, numa carteira bege, feita por si. Quase nem precisava regatear os preços, tal como conhecia os vendedores, estes conheciam-na. Era uma relação cúmplice de negócio, olhares e gestos, eram os intermediários na negociação.

 

Percorreu os corredores estreitos entre as bancadas não só de fruta e vegetais, bem como de flores, tapeçarias, especiarias, era possível encontrar muita variedade de produtos no mercado, mesmo produtos que não fossem comuns de um mercado. Havia um agradável aroma no ar, não conseguia saber de onde vinha. Vinha de todas as bancadas e envolvia-se em si, vinha de si também. Encontrou um novo vendedor no mercado, e foi ver que frutas teria.

 

Tinha frutas estranhas como abacates, mangas, papaias, frutas extravagantes, na sua opinião. Nunca tinha experimentado ou comprado, só comprava produtos locais, como tal não sabia analisar, como era seu costume, aquelas frutas. Mas passou sempre em frente.

 

Teria continuado se o vendedor não a tivesse chamado. Ele expôs-lhe as frutas que tinha arrumadas detrás na bancada, frutas que eram praticamente o mesmo preço que as locais. Rita rejeitou. O vendedor insiste, dá-lhe a cheirar as frutas, até parte uma e dá-lhe a provar. Nos dias seguintes recriminou-se por ter provado, esse instante em que as nossas percepções mudam, e a escolha já não pode ser feita correctamente. Fechou os olhos quando provou e gostou, teria comprado mesmo ali, se não fosse ela, se Rita não tivesse essa obrigação perante a família de lhe comprar fruta fresca que gostassem e que não fosse cara. Contudo aquela não era, porquê rejeitar? Porquê não escolher aquela? Poderia fazê-lo, mas não o fez.

 

Chegou a casa com um saco do mercado, como habitual. Os filhos queixaram-se que algumas frutas tinham bicho, mas esse pequeno erro passou despercebido.

 

Nos dias seguintes que lá passou, teria que passar pela bancada do novo mercador, para comprar a fruta, aquele cheiro impregnava-lhe a roupa e toldava-lhe o pensamento. "Quero comprar", pensava ela, mas punha a mão no bolso e apertava a carteira bege, que lhe relembrava as suas obrigações. E passava em frente. Por vezes, tentava olhar para a outro lado do mercado, mas não havia nada que lhe chamasse a atenção. Ainda para mais, o mercador chamava-a, anunciava as frutas.

 

 

Passou a sonhar com as frutas, comia até rebentar das frutas, num deleite extasiante, ficava toda suja com o sumo doce, lambia os dedos e acordava em sobressalto. Estou parva, pensou ela, mas os dias foram-se seguindo e a escolha cada vez mais se debatia, estas frutas ou as outras, estas ou as outras, estas as outras, as outras...

 

Passadas algumas semanas quando não dormia quase nada, dirigiu-se ao mercado. Nesse dia o mercador novo tinha ainda mais frutas em exposição e ainda mais coloridas e sumarentas, para mal dos seus pecados, ele estava a oferecer algumas às pessoas, para poderem provar. Salivava, também queria. Mas não se conseguia mover, contemplava as frutas, na sua exuberância, e a escolha desapareceu. Estava presa naquele limbo de indecisão, já não tinha escolha. Estava apenas hipnotizada por uma mistura de cores e cheiros tropicais, não encontrava já a sua carteira bege que lhe permitisse voltar à escolha. Tinha-se perdido, não conseguia sair daquele lugar.

 

 

Os dias passaram, os anos, essas divisões de tempo que não interessam a quem está perdido, a quem não tem escolha. Rita permaneceu sempre, voltada para a bancada, com o olhar extasiado para o vazio, pois tempos depois, o mercado foi mudado de lugar. A indecisão deu espaço ao nada.

música: L'autre valse D'amelie - Yann Tiersen

03
Mar 10
publicado por Andi, às 12:51link do post | comentar

No dia 10 de Julho, no tão esperado concerto dos Pearl Jam, esperado por mim, que já nem me dou ao trabalho de ver o cartaz do RiR, está anunciada outra banda, Os Gogol Bordello, uma banda completamente diferente, que se caracterizam pela sua música única, uma mistura de música cigana, punk e cabaret, segundo os próprios, no seu site. Se eu já estava entusiasmada com Pearl Jam, ainda fico mais se possível com esta banda. Para quem não conhece fica aqui o vídeo:

sinto-me: yay!
música: Gogol Bordello - Not a Crime

02
Mar 10
publicado por Andi, às 19:03link do post | comentar

Quando nos queixamos que temos muito tempo livre e as tardes são um tédio, as noites custam a passar, e estamos já com o corpo dorido de estar na cama de manhã, chegam as aulas, aquelas coisas boas que acontecem com duração variável desde uma hora, nas aulas teóricas, às três horas, nas aula laboratoriais. Eis que chega a hora de conhecer a nova turma do semestre: uma turma constituída unicamente por raparigas. Eu sou uma delas, obviamente, mas a falta de elementos masculinos perturba-me deveras, visto que nesse aspecto dou-me melhor com o sexo oposto.

 

Podia ser ainda que o semestre não fosse tanto pesado como o anterior, que as cadeiras, perdão, unidades curriculares, fossem um pouquinho menos exigentes, e que não obrigassem a um trabalho de 500 horas fora da faculdade e a uma permanência de 5 horas na mesma, mas não, claro que não. Tenho aulas teóricas dois dias por semana, tenho trabalhos de grupos semanais, cuja apresentação só um aluno faz, de um tema aleatoriamente escolhido pelo professor, tenho outro trabalho para apresentar daqui a três semanas de quarenta e cinco minutos baseado num artigo de onze páginas, na cadeira com carácter social que destoa das outras de "hard science", provavelmente o trabalho será apresentado numa voz muuuuuuuittttoooo pausaaaaadaaaa e com prováveis detalhes completamente fora do contexto do trabalho. Para além disto tenho duas cadeiras laboratoriais semanais, e outra quinzenal, em que é necessário preparação dos trabalhos, e ocasionalmente apresentação de trabalhos orais sobre os trabalhos laboratoriais.

 

 

Dito isto não foi sem esboçar um grande sorriso de ironia que ouvi uma das minhas professoras a dizer hoje que "Vocês nunca estudam nada para as aulas!".

 

 

E mais não digo, que a reclamação já vai longa e tenho de garantir tempo para satisfazer as minhas necessidades mundanas.

música: Yann Tiersen
sinto-me: rabugenta

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