Does it make any sense?! No? So, welcome.
28
Mai 10
publicado por Andi, às 20:21link do post | comentar | ver comentários (3)

Minorias. Deve estar definida como um conjunto de pessoas que se podem identificar como semelhantes por uma característica qualquer em comum e que existem em muito menor número que o conjunto total. Qualquer coisa deste género, não me apetece ir pesquisar. Há quem diga que são descriminadas negativamente, enquanto que outros lhes apontam só privilégios. Acho mesmo piada que os que se consideram mais "atentos" ao "mundo real" sejam grandes adeptos da segunda perspectiva sobre estas minorias. Tenho-me isolado um pouco desse mundo, irrita-me a leveza com que os assuntos sérios são tratados e inclusive uma ponta de desrespeito, quando tudo o que eu vejo a ser debatido apaixonadamente é o sexo dos anjos. A sério, já alguém se perguntou porque razão irá gastar tempo observando um espectáculo tão encenado como uma cena de Wrestling?! Ao menos no wrestling há mais luta, há sangue!

 

Observo por vezes, com ar enfadado, essas tão acaloradas discussões de café acerca do estado lastimoso da economia do país, a crise e tal, etc etc. Então quando se fala dessas tão temidas minorias, ui, é sinal para eu desviar a minha atenção para a televisão, que invariavelmente está na TVI, ou olhar para o vazio (opção que mais me apraz). Existe um grande sentimento de inimizade com essas minorias (grande novidade para todos!) que faz fervilhar os ânimos. Sinceramente percebo as razões desses exaltamentos, igualmente percebo que essas razões são baseadas nos argumentos que, digamos assim, não são muito válidos, e geralmente são muito generalizados. Por falar em generalização, quem faz parte das minorias!? Eu? Por vezes sinto que sim, que sou uma minoria.

 

Para vos explicar a situação, estava outro dia no metro com uns amigos, açorianos também, e uma senhora, percebendo a nossa origem, perguntou-nos se estávamos a estudar cá no continente, ao que nós respondemos que sim. Qual a reacção da senhora? Foi dizer que eles trabalhavam tanto para depois nos pagar os estudos. Poderia ter-me rido de tal asneira, mas apenas fiquei triste pela sua ignorância, e por não perceber os sacrifícios que são feitos pelos estudantes insulares, e pelas suas famílias, qual segunda vaga de emigração. É óbvio que esta situação foi completamente bizarra e que coitada da senhora, esqueceu de tomar os medicamentos.

 

Mas serve para insistir na minha pergunta, quem são as minorias? São os que não são portugueses? São os que não nasceram cá? Outras raças que não a Caucasiana? São outras religiões? São aqueles que usam o relógio no braço direito ou esquerdo? Os critérios sucedem-se numa lista interminável. Existem muitas minorias. Verdade. Existe uma maioria que é a parte boazinha da comunidade, na qual todos nós gostamos de nos incluir. Falso. Não existem maiorias. A maioria é feita pelo conjunto de n minorias que existem, e que se aceitam mutuamente. A questão é que nem gosto de falar desse tipo de grupos. Existe tanta diversidade, felizmente, que tentar fazer argumentos baseados em grupos sem ter em conta a individualidade intrínseca de cada um, geralmente, não resulta. Existe essa necessidade de catalogar e dividir as pessoas. Ah Lineu, o que fizeste?!

 

sinto-me: ausente
música: Don't Stop The Music - Jamie Cullum

26
Mai 10
publicado por Andi, às 15:30link do post | comentar | ver comentários (1)

Que saudades das minhas ilhas de Bruma... Há dias assim, marcados por uma saudade e uma nostalgia imensa que pesam, que nos tornam moles, apetece-me ir ver prados verdes com o sol a esconder-se por trás deles, o cheiro da terra, o sossego... Hoje é o dia dos Açores, o que não posso deixar de assinalar, pois é com o maior orgulho que me assumo como açoriana. Sinto-me bastante diferente dos ditos "continentais" e penso não ser a única. É algo que nos é inato. Não sei explicar, penso que cada açoriano fica irremediavelmente marcado por ter nascido e crescido nesse paraíso esquecido no meio do Atlântico. Eu sei que fiquei.

 

 

 

PS. O dia dos Açores foi no dia 24 não hoje, mas quis marcá-lo na mesma.

 


23
Mai 10
publicado por Andi, às 17:14link do post | comentar | ver comentários (1)

A paixão. Ou melhor, as paixões. Porquê apenas uma? Porquê reservar toda o nosso desejo apenas numa coisa? Para atingir completa plenitude ou completo falhanço? A paixão entre duas pessoas é de facto muito gira, mas não é dessa que quero falar. Quero falar acerca que une várias pessoas que têm esse aspecto em comum. A paixão de escrever e a paixão de ler. Facto é que não as tenho cultivado ultimamente, mas é uma paixão que não se esgota, felizmente, não tem prazo, dá-me sempre gozo abrir um livro pela primeira vez, acabá-lo, escolher entre tantos, torna-se uma corte em ritmos envolventes. É uma fuga. É um encontro com outros mundos, ou mesmo o nosso, sem sair do lugar, é um prazer que pode ser partilhado por muita gente, tão simples. Tenho a sensação que já escrevi isto antes, mas é que são sempre essas ideias que me surgem quando penso no assunto. É uma das mais simples paixões, não há amuos, não há discussões, não há ciúmes nem acusações. Uma relação perfeita de harmonia. Sinto mesmo falta de ler mais, ah essa paixão que deixa sempre tantas saudades...

 

 

 


21
Mai 10
publicado por Andi, às 23:57link do post | comentar

É um dia normal. O sol torra o que resta dos nossos neurónios, essas células representantes da nossa inteligência, que nesse âmbito se encontram bastante escassas, a relva torna-se amarela, os incautos padecem de uma espécie de demência provocada por insolação, um dia típico de Verão na urbe.  Exceptuando a relva que para além de amarela, é escassa. Perguntava-me sobre a representação das nossas supostas características através de elementos anatómicos e histológicos do nosso corpo, como as emoções se encontrarem no nosso coração, então quando temos um coração dilatado por termos aterosclerose, devido à nossa tão equilibrada dieta em lípidos, que é como quem diz em gorduras, amarelas e viscosas. Já imaginaram? Então esse coração engrandecido, sinal de bondade e carácter que tem a haver com isso mesmo?! Por vezes, apetece-me revolucionar os clichés, inventar outros, parece-me tudo tão absurdo. Mas andamos a divagar. Digo nós porque é mesmo disso que este texto fala, aquilo que me acompanha não pode ser ignorado.

 

Está um dia de calor mais que infernal. Passeio por esses pseudo-jardins, observando os comportamentos que acho estranhos, mas que são considerados típicos, é um cenário típico também. A bela moça passeando num dia maravilhoso e eis que aparece o seu cavaleiro andante num cavalo branco. Típico. Mas tudo o que parece acontecer é atípico, ou sem qualquer designação, tenho-me alheado tanto que nem sei o que é mais típico, nem consigo saber já qual o meu passado, nem o que se está a passar, mas já te esqueço, desculpa, o que nos está a acontecer, o que fazemos?

 

Por agora não interessa, interessa sim dizer que não me esperava nenhum cavaleiro andante obviamente, eles estão reservados às meninas que  não têm coragem suficiente para saber o que é sair do seu castelo, para sair da sua janela onde esperam que um qualquer moçoilo também lhes trepe as tranças, até a uma escapadela na sua cama de dossel, onde uma escapadela se torna uma eternidade, e aí permanecem. Esperava-me nada também obviamente, nunca nada está reservado para nós, temos que ir roubando pedacinhos quando conseguimos. Mas seguiu-nos tu. Conseguíamos ver-te pelo canto do olho , escondias-te e tal como criança traquina aparecias novamente. Tu, que não tens forma, nem designação, seguiste-nos até casa, e aposto, quando sair novamente de casa, me seguirás novamente. Bem-vinda sombra a este dia de calor nada agradável.

 

 

 

 

música: Typical - Mute Math
sinto-me: Typical - Mute Math

13
Mai 10
publicado por Andi, às 14:16link do post | comentar | ver comentários (2)

Há quem escreva coisas lamechas quando está em baixo, há quem escreva textos carregados de raiva, eu por vezes experimentei ambos. O problema, ou não, depende da perspectiva acontece quando deixamos de escrever. Agora que começo lembro-me como isso me dá satisfação, de como é boa a sensação de criar algo. Muito mais que algo que seja visível, para além das palavras existe todo um Universo de um potencial inexplorado, que cabe aos criadores dar a conhecer algum desse potencial aos outros. Não estou a dizer que eu me insiro aí. Escrever é um prazer tão simples, requer tão pouco, está ao alcance de toda a gente. Basta a vontade. Vontade chega!

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música: Rise - Eddie Vedder

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