Does it make any sense?! No? So, welcome.
20
Set 10
publicado por Andi, às 18:34link do post | comentar

Desafiando todas as leis da Física e da Racionalidade, a Gravidade fez-nos o favor de desaparecer. Não existe, simplesmente. Podemos finalmente levantar os nossos pés da terra fria que nos puxava anteriormente. Pés, olhos, pensamento. Foi-nos dada a opção de escolhermos onde queremos ir.

 

Sento-me agora nas nuvens fofas e brancas. São mais húmidas do que pensaria, o sol aqui tão perto, a visão do minúsculo espaço que antes me pertencia, que feio me parece agora. Saltito de nuvem em nuvem, com sorte passará vento e me levará a outros lugares, para ver outras terras, minúsculas também. Passo por uma zona de nevoeiro e a nuvem se aproxima do antigo centro gravitacional, estou no cume das árvores, penduro-me no seu topo e observo. Aproveito.

 

 

Agora apetece-me ir ao fundo do mar. Saber o que lá existe. Decerto encontrarei coisas fascinantes. O problema é que já não existe mais água. Caiu. Só ficou o que estava preso no chão. Desesperadamente preso.

 

Não se consegue atingir a plenitude. Pois não?

música: Katie Melua - Two bare feet

17
Set 10
publicado por Andi, às 20:25link do post | comentar | ver comentários (3)

Hoje numa aula teórica um professor meu disse:

 

"Nada é inócuo. É apenas uma questão de dose."

 

Tem razão. Não só na Farmácia Galénica.


16
Set 10
publicado por Andi, às 18:07link do post | comentar | ver comentários (4)

Encontrar um tema para escrever todos os dias é difícil. A dificuldade começa logo quando abrimos aqui a página e nos deparamos com um Título. Já repararam muitas vezes que eu tenho tendência em fazer títulos em série e vou colocando 1,2,3, 4 etc... Claro que muitas vezes me perco.

 

Geralmente escolho-o no fim. E hoje também o farei. Às vezes é mais fácil, vamos escrevendo o que nos apetece no momento.

 

Hoje estou a limpar as paredes do meu quarto em Lisboa. Acho que é um pouco óbvio que às vezes me sinto um extraterrestre nesta terra, mas também, acho que não é exagerado, o meu modo de estar na vida é bastante diferente do que eu vejo as pessoas terem aqui. Talvez seja da educação, talvez do lugar, talvez da aleatorieadade. Não interessa, a diferença existe, e ainda bem. Como estava a dizer, aproveitei que ainda não comecei as aulas para fazer uma limpeza que há muito tinha planeado. É incrível como as pessoas viviam aqui, com as paredes neste estado, eu consigo ver marcas de sujidade em forma de mão na parede. Como diria num livro que li recentemente - O deus das pequenas coisas -  um buraco em forma de mão suja no Universo.

 

E as paredes eram o menos nesta casa. Mas não vou entrar em pormenores sequer.

 

Eu podia ter a mania da limpeza como é natural no seio da minha família tão tradicional. Mania não é bem o termo, diria mais obsessão. Mas não tenho. Contudo gosto de estar num ambiente limpo, arrumado é uma coisa, limpo é outro. E é isso que eu não percebo. As pessoas muitas vezes vivem na sujidade. Não falo só nas suas casas, apartamentos, mas na rua igualmente. Já me disseram que Lisboa, comparada com outras cidades europeias é limpa. Deveria mesmo visitar esses locais porque vejo-a sempre com uma película inexpugnável de sujidade. Nas pessoas principalmente. Não digo que não gosto de ninguém de Lisboa. A questão é que elas só se deixam gostar se as conheceres verdadeiramente. Agora como se faz isso, não faço ideia. Tem que haver um ponto em comum muito forte. Acho eu. Ou não.

 

Será assim tão difícil ser amável ou prestável de vez em quando? Será que sorrir provoca dores excruciantes?

 

Tomem todos uma aspirina por dia, se faz favor. Conselho de (futura, espero) farmacêutica.

música: Arcade Fire - City With No Children

15
Set 10
publicado por Andi, às 14:58link do post | comentar | ver comentários (3)

Será este o momento em que este blog vai renascer das cinzas?

 

Não sei responder a isso, mas sei que se não for agora, estará condenado.

 

Mantenham-no nas vossas orações.

 

Eu voltarei amanhã.

 

Talvez.


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