Já devem estar fartos de me ouvir reclamar acerca da carta, e para não ser inesperado vou-me queixar um pouco mais. Ora bem, dados os posts anteriores não preciso dizer muito para perceberem a asneira que é faltar uma aula de condução... A meu favor posso dizer que me enganei a escrever a hora na agenda.
Outro pormenor bastante interessante.
Estava eu na fila da caixa do supermercado, não interessa para o caso qual, naqueles momentos mortos, em que tão argutamente somos tentados a levar para casa objectos que não nos fazem falta nenhuma, quando reparei que a senhora que estava numa outra caixa, virada de costas para mim, tinha um papel colado naquela parte que abre quando ela quer pôr dinheiro na caixa. Então que dizia o papel? Era um esquema de como ela deveria processar o seu trabalho:
Atendimento: Olhar para o cliente, saudar, sorrir.
Compras: Perguntar se quer saco. Sim -> Pegar num saco e ensacar as compras.
Não.
Despedida: Olhar. Saudar. Obrigado.
Claro que este esquema estava cheio de setinhas e caixinhas, daquelas cenas que estão lá só para dar um efeito bonito. Eis o que realmente acontece:
Caixa:Sac?
Cliente: Sim. (É posto um saco em cima da bancada)
Olhar distante da senhora para o vazio. O cliente tenta pôr as compras no saco ao mesmo ritmo que elas lhe são dadas. Obviamente impossível, paga, acaba de encher o saco e ainda com o olhar distante a senhora diz brigado.
O ridículo aqui é o esquema. Percebo perfeitamente os caixas que têm um trabalho um tanto monótono e que têm de lidar por vezes com pessoas menos delicadas. Mas enfim, o que conta é que as regras estejam lá, esteja para ser visto.
Ver bastará?