Does it make any sense?! No? So, welcome.
21
Jun 08
publicado por Andi, às 17:55link do post | comentar

O Verão começa hoje. Em miúda sempre associou o Verão a um fruto grande e maduro, e vermelho. Suculento e luzidio. Que daria uma sensação de prazer quase orgásmica ao comê-lo. Óbvio que não pensou nestes termos, mas o pensamento era o mesmo. Saía de casa com as suas saias com bolinhas laranjas e ia pelas ruelas acima e abaixo na sua bicicleta rosa choque. Os outros meninos também tinham bicicletas, e acompanhavam-na. Iam para o outro lado da vila, onde havia um pequeno lago e árvores verdes e frondosas, que davam uma sensação de frescura perante o calor agonizante de certas tardes de Verão. Cerejas, morangos, maçãs, peras, mirtilos, amoras, melancias, melões... Gostava de ir ao supermercado ver as frutas dispostas nas bancadas, e as várias pessoas a experimentarem-nas, a apertarem-nas, até elas libertarem a sua essência nutritiva. Parecia que apenas procuravam isso, sentir as frutas quase a desfazerem-se nas suas mãos ansiosas.

 

 

O Verão começa hoje. Que bom! Tinha que procurar as suas saias, e montar na sua bicicleta para ir até ao lago, ou até ao supermercado com os seus amigos, a Rosita e o José.

 

"Vou sair. Antes de anoitecer estou em casa."

 

"Onde vais?"

 

"Vou ter com a Rosita e o José, o Verão começou hoje!"

 

"Senhora Ana, estamos em pleno Inverno, e a Rosita e o José não estão aqui."

 

Aproximou-se. E com alguma força ajudou a senhora Ana a voltar ao quarto, e pensou que teria que avisar o médico, pois a situação estava a piorar. Estava a chover a potes, e se não fosse ela, a senhora Ana teria saído para a rua nem se apercebendo do autêntico vendaval que se aproximava e pensando que era Verão.

 

 

Verão, Giuseppe Arcimboldo, 1573

sinto-me: estranha...


mas triste

até o sol
raio de girassol
borrifa-nos de ultras
violetas mais caleidoscópicas
nas culpas
além de utópicas
neuróticas

onde andas tu
qual o carreiro ?

sinuoso ou não
jardim encantado
bordejado
mil cores de novoeiro
perdido
iluminado
mas encontrado

mas...
cega-se o arco iris
num outeiro além
e numa cruz
tambem




num sonho ao acordar
só dois segundos
e relembrar








jabeiteslp a 21 de Junho de 2008 às 21:32

Olá.
Não estava à espera do fim do texto, gostei bastante. Está muitíssimo bem escrito, gosto do sentido do texto... do facto de nos obrigar a pensar - o que é real?.
Como diria Einstein: "Em tempos de crise a imaginação é mais importante que o conhecimento"
Será apenas loucura (?)
Vá, porta-te bem
Bjs**********
O oposto do antónimo inverso a 21 de Junho de 2008 às 22:44

Olá. Eu não obrigo ninguém a pensar... Isso é o que tu fazes! Ainda bem que te surpreendeu, não sou tão previsivel, então.. :P
Einstein, e as suas frases... lol. Não creio que estejamos em tempo de crise. Not yet.
Eu porto-me bem =) E tu?
Beijinhos**********
Andi a 21 de Junho de 2008 às 22:57

Muito bom e surpreendente . Mais uma vez os meus parabéns e continua a escrever assim. Até um próximo post .
Décio Fernandes a 11 de Julho de 2008 às 17:33

Obrigado (mais uma vez) ;)

Ainda bem que gostaste. Vou voltar a escrever deste estilo de posts novamente, quando acabarem os exames, até vais ficar farto disto... ;)
Beijinhos.
Andi a 13 de Julho de 2008 às 15:31

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