Does it make any sense?! No? So, welcome.
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Mai 09
publicado por Andi, às 21:38link do post | comentar

O dia parecia normal, prazeroso até se admirassem o tempo quente e o céu limpo. Parecia igual a todos os outros, contudo sabia que não seria assim, tinha algo marcado nesse dia, um duelo que teria de travar contra a própria Natureza, e aquele que se dizia o seu Mestre, o seu Restaurador. O tempo seria contado até a essa hora fatídica, e sabia que seria memorável, mas não tinha ainda bem a noção do que aconteceria.

Apreciou a sua última refeição num café de esquina, mastigando-a sofregamente e contemplando o mundo inocentemente, pois depois de tudo estar terminado sabia que se o veria outra vez, seria de uma perspectiva negativista.Confiante de si, na sua vitória encaminhou-se para o local marcado, e quando o relógio bateu as seis horas tocou à porta, onde a assistente do seu oponente o recebeu com um sorriso. Limitou-se a um breve esboçar de simpatia, não iria demonstrar já fraqueza numa altura tão precoce.

"Pode entrar" disse afectadamente a assistente.

O coração batia descompassadamente numa arritmia ridícula e os seus músculos retesaram-se de algum nervosismo.


Ali estava ele o seu oponente, que o convidou a tomar o seu lugar, numa atitude também simpática. Não passa de disfarce, foi esse o seu pensamento, enquanto tomava o seu lugar. Mal se sentou o seu oponente começou a relatar o assunto que o levava ali. Ia protestar quando ele o atingiu, de uma forma tão impetuosa que o deixou sem poder falar. O seu queixo estava dormente, o lábio inchado e a sangrar, e não se conseguia levantar. Tinha sido preso, sem qualquer tentativa de se defender, que batalha tão inglória a que teria de combater! Uma luz foi-lhe direccionada aos olhos, nada conseguia enxergar inicialmente, contudo após um momento conseguiu distinguir duas silhuetas dobradas sobre si, eram a assistente e o seu Mestre! O Mestre continuava implacável, cada vez sentia menos a boca e num instante virou-se e pegou no seu instrumento de tortura utilizando sem qualquer ressentimento. O ar ficou saturado de um cheiro a cabelo queimado, se bem que não era cabelo que ele queimava! Enquanto isso ia sempre falando-lhe, numa voz enganadoramente melodiosa.


Os instrumentos passavam da mão da assistente para a do Mestre, depois na sua direcção numa velocidade incrível, fechou os olhos enquanto o massacre continuava. O tempo parecia não avançar, o Mestre trocava de técnica sempre que não encontrava o que pretendia...


Num dado momento, sentiu-se encolerizado subitamente com toda a situação, libertou-se das mãos da assistente e do Mestre e aplicou-lhes a mesma substância inicial com a qual tinha sido injectado, e aplicou-lhes uma grande quantidade. Caíram os dois redondos no chão. Aproximou-se do Mestre e deu-lhe uns quantos pontapés, recusava-se a usar os seus instrumentos perniciosos.


Exibiu um sorriso de satisfação, embora este estivesse transfigurado pelo sangue e pelo lábio tumescente. Não perdeu um segundo, agarrou no dente que o dentista tinha retirado e correu desvariado pelo corredor do consultório fora. Haveria de arranjar uma forma de o colocar lá!!







E isto meus amigos, é um "conto" muito estranho acerca d"O Massacre no Dentista"!

música: Africa - Toto
sinto-me: com dores de dentes!

Essa experiência no dentista deve ter sido bastante terrível. Nem da boca de uma criança tinha ouvido uma história tão demoníaca xD

Está engraçado, deu para rir um bocado.

Beijinhos, as melhoras ;)
JP a 23 de Maio de 2009 às 12:17

Não posso dizer que não foi. Esta foi a minha vingança pessoal (não assim tanto não é?) do dentista que até foi simpático. Enfim, este é o meu canto das vinganças pessoais e mesquinhos. Um dia chegará a ti xD
Andi a 26 de Maio de 2009 às 22:37

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