Does it make any sense?! No? So, welcome.
26
Jan 11
publicado por Andi, às 21:44link do post | comentar | ver comentários (4)

O tema: Preconceitos. Quando vi o tema pensei em muitas situações, muitas injustiças nas quais eu senti esse terrível sentimento, ou pessoas próximas de mim o sentiram. Analisando bem, sinto que sou sempre "vítima" desse tipo de ideias, as pessoas esperam sempre coisas diferentes das quais eu proponho para mim mesma. Mas vivo bem assim, se calhar vivo melhor do que viveria se soubessem o meu verdadeiro conceito.

 

Adiante, fui ver a definição da palavra, para não cair no erro de ter um preconceito quanto a ela. E deparei-me com a definição:

"Opinião desfavorável que não é baseada em dados objectivos"

 

Retirada daqui.

 

O problema, para além do óbvio - de os preconceitos darem origem às maiores injustiças possíveis, é que por vezes os preconceitos tornam-se verdadeiros nalgumas pessoas. E mais uma vez, a tão brilhante racionalidade humana faz-nos generalizar, o que acaba por levar a mais preconceitos. É um ciclo vicioso. Uma bola de neve prestes a tornar-se numa avalanche descomunal. Detesto bolas de neve. Não há como fugir delas, a única coisa a fazer é encarar, tentando não nos borrarmos de medo.

 

Preconceitos. Conheço o termo. Acho que quase todos conhecemos. Conhecemos e praticamos. Mea culpa.

 

 

 

 


20
Set 10
publicado por Andi, às 18:34link do post | comentar

Desafiando todas as leis da Física e da Racionalidade, a Gravidade fez-nos o favor de desaparecer. Não existe, simplesmente. Podemos finalmente levantar os nossos pés da terra fria que nos puxava anteriormente. Pés, olhos, pensamento. Foi-nos dada a opção de escolhermos onde queremos ir.

 

Sento-me agora nas nuvens fofas e brancas. São mais húmidas do que pensaria, o sol aqui tão perto, a visão do minúsculo espaço que antes me pertencia, que feio me parece agora. Saltito de nuvem em nuvem, com sorte passará vento e me levará a outros lugares, para ver outras terras, minúsculas também. Passo por uma zona de nevoeiro e a nuvem se aproxima do antigo centro gravitacional, estou no cume das árvores, penduro-me no seu topo e observo. Aproveito.

 

 

Agora apetece-me ir ao fundo do mar. Saber o que lá existe. Decerto encontrarei coisas fascinantes. O problema é que já não existe mais água. Caiu. Só ficou o que estava preso no chão. Desesperadamente preso.

 

Não se consegue atingir a plenitude. Pois não?

música: Katie Melua - Two bare feet

08
Jul 10
publicado por Andi, às 22:37link do post | comentar

Aparentemente a minha melhor escrita surge sempre em momentos inesperados, em que me vem uma ideia à cabeça, e instâneamente me sento com o computador à frente e ela vai fluindo com naturalidade, há um encadeamento de palavras que me parecem lógicas. Outras vezes, tenho esse ímpeto e não escrevo imediatamente, depois quando tento reproduzir, não sai nada do que eu imaginara! Será que existe assim uma fonte de criatividade ou de ideias, e a minha está prestes a secar? Ou então sou eu que não sei como extrair nada dela!?

 

Enfim, outro aspecto que já me apercebi também, que a melhor escrita é sempre acompanhada por algum grau de dor, de sofrimento. Terapêutico ou não, não consigo descrever uma relação de causalidade.

 

Na verdade o que me tem atormentado ultimamente são as minhas decisões. Com que base é que as tomo, se serão correctas? Ponho e retiro factores, tal qual equação matemática, mas ao contrário desta não tenho uma solução certa no final, não consigo encontrar uma regra. Era tudo muito mais fácil se houvesse método em tudo, se a vida fosse uma Química Orgânica... (exame de amanhã!) Contudo, não haveria criatividade, não existiria escrita, seria muito mais triste. Fácil, mas triste. Não digo que as coisas não sejam tristes com toda esta irracionalidade. mas esta é uma tristeza oscilante, que, por vezes, se transfigura e nos parece melhor, nos parece suportável. Venha o caos e a irracionalidade. Mas que amanhã na minha cabeça reine a lógica orgânica!

 

 

música: Wagner - Die Walküre Act 3 - Ride of the Valkyries

02
Jul 10
publicado por Andi, às 23:53link do post | comentar | ver comentários (2)

"Prefiro passar a vida perto de pássaros do que desperdiçá-la tentando ter asas." Quem o diz é uma moribunda qualquer, que não é realmente moribunda, em House. Nem todos podem voar. Será verdade? Ou será que nem todos querem, nem todos conseguem ver o céu prometedor de voos rasantes e criaturas voadoras misteriosas, uma outra atmosfera, com visão privilegiada de todos os que andam cá em baixo? Quanta injustiça há nisso! Porque não hão-de querer poder voar? Poderão voar e não quererem? Quem me dera voar. Quem me dera saber que estou a tentar voar, nem que seja uma tentativa tão infrutífera e ridícula como a de Ícaro. Quem me dera ser Ícaro. Subir o suficiente para saber que não resultou, mas ter um breve relance daquilo a que anseio, das nuvens brancas e fofas como algodão doce num fundo azul, a paz, a harmonia. Sentir a cera a queimar, sentir qual o limite dessa tentativa, e cair ao mar, dois extremos em que quero estar, rejeitando toda a zona intermédia e inóspita entre eles. Voltaria a tentar novamente. Com outras asas, tentar crescer umas minhas talvez.

 

Mas não sei, e nada me indica, ninguém me diz. Como saberei que estou a tentar voar, como saberei sequer se tenho asas? Será assim tão pretensiosa essa minha busca?! Consigo ver asas ostensivamente abertas na minha direcção, mas suspeito se serão boas para voar, se não são demasiado estimadas e demasiado ornamentadas que as impossibilitem de voar. Ter asas que se consigam ver nada indica também. Gostaria de ter visão de ave, para poder ver no escuro. Quero saber, quero ver. Quero ser Ícaro. Será pedir demais?! Eu não peço, eu tenho, mas será algo inalcançável?

 

 

Só sei o que quero, nada mais. Elucida-me Ícaro!


28
Mai 10
publicado por Andi, às 20:21link do post | comentar | ver comentários (3)

Minorias. Deve estar definida como um conjunto de pessoas que se podem identificar como semelhantes por uma característica qualquer em comum e que existem em muito menor número que o conjunto total. Qualquer coisa deste género, não me apetece ir pesquisar. Há quem diga que são descriminadas negativamente, enquanto que outros lhes apontam só privilégios. Acho mesmo piada que os que se consideram mais "atentos" ao "mundo real" sejam grandes adeptos da segunda perspectiva sobre estas minorias. Tenho-me isolado um pouco desse mundo, irrita-me a leveza com que os assuntos sérios são tratados e inclusive uma ponta de desrespeito, quando tudo o que eu vejo a ser debatido apaixonadamente é o sexo dos anjos. A sério, já alguém se perguntou porque razão irá gastar tempo observando um espectáculo tão encenado como uma cena de Wrestling?! Ao menos no wrestling há mais luta, há sangue!

 

Observo por vezes, com ar enfadado, essas tão acaloradas discussões de café acerca do estado lastimoso da economia do país, a crise e tal, etc etc. Então quando se fala dessas tão temidas minorias, ui, é sinal para eu desviar a minha atenção para a televisão, que invariavelmente está na TVI, ou olhar para o vazio (opção que mais me apraz). Existe um grande sentimento de inimizade com essas minorias (grande novidade para todos!) que faz fervilhar os ânimos. Sinceramente percebo as razões desses exaltamentos, igualmente percebo que essas razões são baseadas nos argumentos que, digamos assim, não são muito válidos, e geralmente são muito generalizados. Por falar em generalização, quem faz parte das minorias!? Eu? Por vezes sinto que sim, que sou uma minoria.

 

Para vos explicar a situação, estava outro dia no metro com uns amigos, açorianos também, e uma senhora, percebendo a nossa origem, perguntou-nos se estávamos a estudar cá no continente, ao que nós respondemos que sim. Qual a reacção da senhora? Foi dizer que eles trabalhavam tanto para depois nos pagar os estudos. Poderia ter-me rido de tal asneira, mas apenas fiquei triste pela sua ignorância, e por não perceber os sacrifícios que são feitos pelos estudantes insulares, e pelas suas famílias, qual segunda vaga de emigração. É óbvio que esta situação foi completamente bizarra e que coitada da senhora, esqueceu de tomar os medicamentos.

 

Mas serve para insistir na minha pergunta, quem são as minorias? São os que não são portugueses? São os que não nasceram cá? Outras raças que não a Caucasiana? São outras religiões? São aqueles que usam o relógio no braço direito ou esquerdo? Os critérios sucedem-se numa lista interminável. Existem muitas minorias. Verdade. Existe uma maioria que é a parte boazinha da comunidade, na qual todos nós gostamos de nos incluir. Falso. Não existem maiorias. A maioria é feita pelo conjunto de n minorias que existem, e que se aceitam mutuamente. A questão é que nem gosto de falar desse tipo de grupos. Existe tanta diversidade, felizmente, que tentar fazer argumentos baseados em grupos sem ter em conta a individualidade intrínseca de cada um, geralmente, não resulta. Existe essa necessidade de catalogar e dividir as pessoas. Ah Lineu, o que fizeste?!

 

música: Don't Stop The Music - Jamie Cullum
sinto-me: ausente

21
Mai 10
publicado por Andi, às 23:57link do post | comentar

É um dia normal. O sol torra o que resta dos nossos neurónios, essas células representantes da nossa inteligência, que nesse âmbito se encontram bastante escassas, a relva torna-se amarela, os incautos padecem de uma espécie de demência provocada por insolação, um dia típico de Verão na urbe.  Exceptuando a relva que para além de amarela, é escassa. Perguntava-me sobre a representação das nossas supostas características através de elementos anatómicos e histológicos do nosso corpo, como as emoções se encontrarem no nosso coração, então quando temos um coração dilatado por termos aterosclerose, devido à nossa tão equilibrada dieta em lípidos, que é como quem diz em gorduras, amarelas e viscosas. Já imaginaram? Então esse coração engrandecido, sinal de bondade e carácter que tem a haver com isso mesmo?! Por vezes, apetece-me revolucionar os clichés, inventar outros, parece-me tudo tão absurdo. Mas andamos a divagar. Digo nós porque é mesmo disso que este texto fala, aquilo que me acompanha não pode ser ignorado.

 

Está um dia de calor mais que infernal. Passeio por esses pseudo-jardins, observando os comportamentos que acho estranhos, mas que são considerados típicos, é um cenário típico também. A bela moça passeando num dia maravilhoso e eis que aparece o seu cavaleiro andante num cavalo branco. Típico. Mas tudo o que parece acontecer é atípico, ou sem qualquer designação, tenho-me alheado tanto que nem sei o que é mais típico, nem consigo saber já qual o meu passado, nem o que se está a passar, mas já te esqueço, desculpa, o que nos está a acontecer, o que fazemos?

 

Por agora não interessa, interessa sim dizer que não me esperava nenhum cavaleiro andante obviamente, eles estão reservados às meninas que  não têm coragem suficiente para saber o que é sair do seu castelo, para sair da sua janela onde esperam que um qualquer moçoilo também lhes trepe as tranças, até a uma escapadela na sua cama de dossel, onde uma escapadela se torna uma eternidade, e aí permanecem. Esperava-me nada também obviamente, nunca nada está reservado para nós, temos que ir roubando pedacinhos quando conseguimos. Mas seguiu-nos tu. Conseguíamos ver-te pelo canto do olho , escondias-te e tal como criança traquina aparecias novamente. Tu, que não tens forma, nem designação, seguiste-nos até casa, e aposto, quando sair novamente de casa, me seguirás novamente. Bem-vinda sombra a este dia de calor nada agradável.

 

 

 

 

música: Typical - Mute Math
sinto-me: Typical - Mute Math

09
Abr 10
publicado por Andi, às 18:28link do post | comentar | ver comentários (2)

 

"She's only happy in the sun
She's only happy in the sun

Did you find what you were after?
The pain and the laughter brought you to your knees
But if the sun sets you free, sets you free
You'll be free indeed, Indeed

She's only happy in the sun
She's only happy in the sun"
Por vezes penso nas várias perspectivas pessoais de cada pessoa. O seu modo de ver o mundo será o mesmo que o meu? Que pergunta mais básica, devem-se questionar. Não falo das várias opiniões, dos diferentes gostos, nem, tão pouco, falo literalmente. Frequentemente me recordo daquela cena clássica no filme American Beauty, do saco de plástico na rua a voar, não só nestas ocasiões, mas também quando realmente vejo um, mas o que quero dizer é que será que olhamos todos para o mesmo saco de plástico ou existem diferentes, ou nem existem de todo? Espero que hajam sempre sacos de plástico para observar, mesmo que não esteja vento, esperarei por algum aparecer.  Conversa de lunática, possivelmente. Os lunáticos devem ser dos indivíduos mais sãos (mentalmente) que existem. Gostaria de saber a perspectiva deles.  É verdade, penso nisso tipo de coisas do nada.  E vós, ó lobos vestidos de cordeiros?

 

música: She's only Happy in The Sun - Ben Harper
sinto-me: Lunatic

25
Jan 10
publicado por Andi, às 13:50link do post | comentar

Bem, depois de uma primeira fase de exames (demasiado) intensiva e de quase um braindead irreversível, este post não vai ter qualquer espécie de coerência e/ou coesão.

 

Primeiro tenho a afirmar que não sei o que se passa com a minha cama que estou toda eskafiada do pescoço.

 

Segundo ponto, gosto do esquizofrenismo da opinião popular em relação ao Haiti. No início era uma compaixão enorme, e coitadinhos e tudo o mais, depois começaram a questionar tanta ajuda, ultimamente já afirmam que o melhor é deixar os haitianos resolverem por si mesmo, pois se dependerem da ajuda exterior ficarão sempre dependentes.

 

 

Último ponto, tenho a afirmar a todos que não moro na Embaixada de Angola, escusam telefonar mais e tentar mandar mais faxes.

 

Passem bem.

 

 

 


02
Fev 09
publicado por Andi, às 21:46link do post | comentar

Eu prometi que voltava. Nunca cheguei a partir, mas isso são pormenores ortográficos, literários, íntrinsecos das palavras. Tenho pensado no sentido das palavras, na sua importância, ou naquela que eu lhas confiro. Será demasiado? Será tudo demasiado pensado, prepositado, organizado para parecer o que eu quero. Manipulo-as demasiado? Pensei, e pensei e pensei. (Fui fazendo algumas coisas, não sou assim maníaca dessa forma). E eu acho que sim. Eu utilizo as palavras e não a história, não o seu conjunto, não o seu significado. Utilização egoísta e excêntrica. Exaustiva, por vezes. Palavras, palavras, palavras. Estou a descobrir que sou uma Monica Geller em termos de palavras (ver série Friends, se quiserem perceber algo que eu estou a dizer, tornem-se Friend's junkies, como eu!!).

 

 

Aqui fica algo para animar as almas amarguradas por testes e exames, libertem-se da (o)pressão.

música: Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan - Summertime
sinto-me: renewed

18
Dez 08
publicado por Andi, às 23:00link do post | comentar | ver comentários (4)

Abençoada miopia!

 

Estava sentado na parte superior do anfiteatro principal da faculdade, nas fileiras mais afastadas do quadro perto de ardósia, antiquado e preservador dos bons costumes didácticos, assim dizia o reitor da universidade de peito inchado, nos corredores.

 

Estava sentado na parte superior do anfiteatro e nada via. Ainda bem, a sua miopia não o deixava observar claramente o que o professor escrevia no quadro, o que conseguia ver era um emaranhado confuso [emaranhado confuso!] de rabiscos de giz branco, que todos os seus colegas copiavam religiosamente para o caderno, pedaços de sabedoria anciã, dogmática, que constitui um autêntico  testamento obrigatório que todos teriam de fazer, se alguma vez quisessem ser lembrados. Ele, contudo, não passava, não mais.

 

O professor papagueava umas quaisquer leis de um qualquer senhor medieval conhecido, cujo nome não se recorda, e cujo rosto não consegue distinguir de outro qualquer desconhecido também. Teria que saber enunciar essas leias, despejar conhecimentos aos pacotes como se de uma promoção de supermercado se tratasse, conseguir fazer os exercícios na mesma linha (ir)racional com que o professor os resolvia.

 

Trinta minutos para acabar a aula, a quinta numa série de cinco aulas seguidas, apenas intercalada por escassos intervalos, que consistia no tempo decorrido do tráfego de professores, ir e vir, ir e vir, ir e vir...

 

 O tempo arrasta-se, o tempo esquiva-se, contorciona-se, escapasse-nos entre os dedos, contraria-nos, eternamente... Eternamente! Ah, o tempo!! Maldito.

 

Com este arrastar absurdo dos segundos prolongados até um máximo de flexão, sentia uma vontade insana de vomitar, sentia-se mal, todo o seu organismo tendia a rejeitar aquilo tudo, não era natural, era contranatura, anti-evolução! Repudiava esse sistema, essas pessoas, repudiava-os, mas também não conseguia deixar de sentir uma espécie de repulsa por si mesmo por pertencer a esse sistema, por ter que conviver, ainda que minimamente com essas pessoas.

 

Os seus óculos estão na caixa simples azul-escura, a qual tem desde os seus dez anos, desde os seus primeiros óculos ridiculamente alongados e grandes, tinham-lhe oferecido aquela caixa com o seu nome gravado, que é tão ordinário que não vale a pena mencioná-lo aqui, seria desperdiçar o tempo de quem irá ler isto... Irónico, não?

 

Os óculos estavam na sua caixa azul-escura, a caixa está na sua mala apinhada de livros, a sua mala está aos seus pés, e ele está... Não, não quer saber onde está!

 

Mas poderia tirar os óculos, colocá-los diante dos seus olhos míopes, curar-se daquela miopia céptica, poderia ver o que estava no quadro, que, por agora pareciam hieróglifos egípcios, mas poderiam tornar-se inteligíveis, poderia observar o conhecimento puro descrito em ardósia, em pormenor... Poderia...

 

Todos se levantam, a aula acaba. Ele agarra na mala e sai do anfiteatro, ainda sem os óculos.

 

Ainda míope.

música: Lisboa não é a Cidade Perfeita - Deolinda

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