quando na fila do almoço, como bebida para acompanhar um bacalhauzinho, pedem um copinho de leite bem fresquinho. True stuff!
quando na fila do almoço, como bebida para acompanhar um bacalhauzinho, pedem um copinho de leite bem fresquinho. True stuff!
Estranha. Esquisita. Irreconhecível. Confusa. Deslocada. Irracional... É assim que me sinto, ou pelo contrário, não me sinto, isto não sou eu. Ou serei?
Agora podia dizer qualquer coisa do género "O meu mundo está de pernas para o ar"... Seria apenas mais uma frase feita, algo impingido por não sei quem, os Outros talvez... Seria apenas mais uma referência neste sistema, indicando que tudo está normal de acordo com os padrões, um consolo de que os outros também já estiveram assim. Que eu vou ficar bem, que vou ser igual a todos os outros. Qualquer treta deste género. Mas pergunto-me, que raio de mundo é esse de que tanto falam?? É o local onde vivem? É o nosso planeta? É o "interior " das pessoas? Será o círculo de pessoas que se conhece?? É apenas mais uma pseudo-realidade que nos tentam passar? Para não nos passarmos todos em conjunto, não haver uma histeria em massa pelo ridiculo que nos rodeia? Se calhar até este post é apenas algo previsto também, tanto como as frases feitas o são. Não por mim, escrevo o que me ocorre. Mas pelo sistema, a tal carcaça velha que nos arrasta com ela.
Mas deixando de divagar, ou continuando essa enorme divagação que é este blog, pedaços da minha (ir)racionalidade, não me é possivel delimitar e definir os meus pensamentos ou os meus sentimentos em algo dizível.
Contudo, existem resquícios, fragmentos distintos e constantes nos meus pensamentos. Como uma fórmula matemática, repetem-se, indiscriminadamente, sem piedade de mim, sem consciência que não são racionais, que só são minha imaginação (ou será muito mais que isso?). Ganham vida, tomam conta de mim, da minha vontade, e eu deixo, e eu coopero... Sinto que não estou a fazer o correcto, que no futuro poderá haver problemas e que me arrependerei disso, mas que me importa o futuro? Eu nunca vou presenciar o futuro, o futuro nunca chega, é sempre adiado. É apenas mais uma ilusão, que nos tenta acalmar e traçar um objectivo, um rumo.
Estarei a sofrer uma espécie de metamorfose? Estarei a transformar-me numa espécie de louca aos olhos do que se intitula tão nobremente a "nossa sociedade"? Demasiado autista, demasiado opaca para alguns e, contudo, transparente para outros?
Demasiadas perguntas que me ocorrem, que me trespassam, não quero saber de nenhuma, nem das possiveis respostas. Não é disso que trata a minha irracionalidade...