Does it make any sense?! No? So, welcome.
12
Fev 10
publicado por Andi, às 13:30link do post | comentar

Já acabei os exames. Ontem fiz a última melhoria, que nem deve chegar a positiva, mas sabe bem acabar um semestre sabendo que se passou a tudo!! O último senão foi a média. Talvez tivesse conseguido melhor. Tenho que repensar o meu método de estudo. Mas depois, agora tenho férias até ao final de Fevereiro! Muahahahaha!

sinto-me: descansada

20
Jan 10
publicado por Andi, às 20:25link do post | comentar | ver comentários (3)

grande oportunidade de irem fazer um exame de Bioquímica esta sexta-feira. Não percam esta óptima oportunidade de marrar infinitamente processos biológicos com milhares de intermédios e enzimas. Os muitos candidatos, que eventualmente concorrerão serão escolhidos com base na probabilidade de me passarem a cadeira.

 

Podem começar a candidatar-se a partir de...AGORA!!!


02
Fev 09
publicado por Andi, às 21:46link do post | comentar

Eu prometi que voltava. Nunca cheguei a partir, mas isso são pormenores ortográficos, literários, íntrinsecos das palavras. Tenho pensado no sentido das palavras, na sua importância, ou naquela que eu lhas confiro. Será demasiado? Será tudo demasiado pensado, prepositado, organizado para parecer o que eu quero. Manipulo-as demasiado? Pensei, e pensei e pensei. (Fui fazendo algumas coisas, não sou assim maníaca dessa forma). E eu acho que sim. Eu utilizo as palavras e não a história, não o seu conjunto, não o seu significado. Utilização egoísta e excêntrica. Exaustiva, por vezes. Palavras, palavras, palavras. Estou a descobrir que sou uma Monica Geller em termos de palavras (ver série Friends, se quiserem perceber algo que eu estou a dizer, tornem-se Friend's junkies, como eu!!).

 

 

Aqui fica algo para animar as almas amarguradas por testes e exames, libertem-se da (o)pressão.

música: Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan - Summertime
sinto-me: renewed

13
Jan 09
publicado por Andi, às 22:29link do post | comentar

Depois de quase um mês sem dizer nada, e de passar umas férias descansadas, e voltar outra vez a um vira-que-vira de afazeres o que me preenche o espírito agora? Estive a pensar que é irónico o último post ter o nome de miopia, quando eu comprei os meus primeiros

óculos ontem. É verdade, i'm the ultimate nerd! Óculos, aparelho, gosto por actividades esquisitas... Nem sei como ainda não fui parar a um filme de adolescentes americanos... Que desilusão quanto a isso, confesso.

 

Só para avisar, que nestes tempos conturbados e misteriosos de exames e de marranso, eu não vou ter um minuto livre nem para me coçar, [mentira, vou ter tempo livre, porque eu quero me certificar que mantenho a minha saúde mental] e portanto o blog vai ficar assim para o desleixado, mas não se preocupem, eu voltarei! Soon, too soon even!

música: Omission - John Frusciante
sinto-me: nerd

14
Jul 08
publicado por Andi, às 16:43link do post | comentar | ver comentários (9)

"Façam uma carta para os vossos pais, escrevam o que lhes apetecer, mas têm de escrever um máximo de trinta linhas, e um mínimo de vinte."

 

Ordenou a professora, senhora do seu nariz arrebitado e pequeno. Os dedos sujos de pó de giz eram magros e aristocráticos, assim como ela. Limpou-os nas calças largas, e sacudiu-as com minúcia posteriormente.

 

Era professora há apenas dois anos e tinha-lhe calhado ficar ali, naquela serra encalhada, a morar numa casa onde nem tinha água, tinha de a ir buscar. Estava completamente saturada de dormir com os bichos, acordar com centopeias no seu quarto, de aturar os vizinhos sempre a perguntarem " A Senhora Professora precisa de algo?"... Só queria voltar a casa, ficar com os seus pais morar num sítio com algumas regras, disciplina, não ali onde tudo era desregrado, as acções submetidas ao capricho do coração e do livre arbítrio... Então as crianças, bem, nem queria pensar nisso...

 

Deixou-se cair na cadeira de carvalho velha e talhada das traquinices dos miúdos, estava a ficar desgastada daquele trabalho, daquele ambiente. Mas tinha de ter paciência, já faltava pouco tempo.

 

"Senhora Professora já acabei!"...

"E eu também!"...

"E eu"...

 

Aos poucos e poucos todos iam acabando a carta que a professora ordenara escrever. Já eram quase três horas, a escola estava a terminar por aquele dia. Foi mandando sair os alunos à medida que eles acabassem as cartas, havia de corrigi-las em casa.

 

 

Três horas. Só restava a Francisca, como sempre. Simplesmente, aquela rapariga não se conseguia despachar, parecia atrasada mentalmente!!

 

"Já está Francisca?"

"Ainda não."

 

Abeirou-se dela. Viu que já havia escrito uma folha inteira, o dobro do que ela tinha pedido de máximo.

 

"Não me ouviste a dizer que eram trinta linhas no máximo?"

"Ouvi, sim senhora professora."

"Então porque não fizeste só trinta?"

"Eu não consegui senhora professora, tinha tantas coisas para dizer, era tudo importante, se eu me esquecesse os meus pais ficavam tristes."

"Não podes fazer assim Francisca,  limites são limites, dizem-te até onde deves ir, se eu disse só trinta fazes só trinta, não interessa mais nada, escrevias menos, há sempre algo ou alguém que fica de fora, mas os limites são para se respeitar. Vá, toca a andar daqui."

 

 

 

O ar da serra penetrava-se em todos os poros da pele e parecia insuflar os miúdos que corriam, quase voavam pelo monte abaixo. Estava um dia solarengo, e o sol aquecia a terra, que exalava um odor quente e sensual, fazendo despertar nos animais reacções inesperadas.

 

Era dia de visita de estudo, a única no ano lectivo. Como era uma aldeia muito pequena, não podiam dar-se ao luxo de sair todos os trimestres, teria de ser daquela forma. Iriam à cidade ali ao pé, a um museu, e lá comeriam.

 

Um barulho rouco perturbou a calma e serenidade da serra, conjuntamente a um esfumaçar negro proveniente da camioneta que se avizinhava.

 

Era velha, pensou a professora, mas para sair dali por uma tarde, estava óptimo.

 

Encaminharam-se então, e após dez minutos de gritaria, lá conseguiu que todos se sentassem nos devidos lugares. Aos solavancos lá se dirigiram ao seu destino. Sensivelmente a meio da viagem a camioneta para. Repentinamente. O condutor sai. Pneu. Furado. Não existe outro.

 

Óptimo, pensou a professora e deixou-se afundar no assento de cabedal esfolado da carreira. O condutor teria de ir a pé à cidade buscar ajuda, ela ficaria ali a cuidar dos miúdos, mais uma vez...

 

Sentou-se. Mandou os alunos sentarem-se. Uma hora. Duas horas. Três horas. Um burburinho... Os alunos haviam juntando-se todos, encostando as suas cabeças miudinhas e curiosas.

 

"Que se passa aí?"

"Nada, senhora professora. Foi só a Francisca que está a partilhar o seu lanche connosco."

 

Francisca era a única que levava lanche, tinha alguns problemas de saúde, nada grave é certo, mas tinha de seguir a sua dieta rigorosamente.

 

A sua barriga estava já um pouco apertada. Não havia comido de manhã, com a pressa, e aquele calor provocava-lhe sede e sentia-se já meio zonza. Com certeza ela iria oferecer-lhe algo, era de bom tom, a mãe dela sempre o fazia, aquando as avaliações. Em passos miudinhos, e fazendo um barulho ritmado e suave, Francisca aproximou-se da professora.

 

E com tom inocente disse:

 

"Eu até dava à professora, mas não há mais, o limite foi ultrapassado, e não devemos ultrapassar limites."

 

Dito isto foi se sentar. Entretanto a professora agarrava-se ao estômago, tentando disfarçar a fome que tinha.

 

sinto-me: ilimitável

04
Jul 08
publicado por Andi, às 20:19link do post | comentar | ver comentários (3)

Bem, para dar continuidade à excelente continuidade dos últimos posts, e também dar seguimento aos conteúdos extremamente eruditos, venho aqui despedir-me de vocês (não fiquem demasiado contentes, daqui a uma semana volto), pois vou estar uns diazitos fora de casa. É verdade, vou de férias para Palma de Maiorca (ou talvez um pouco mais perto, e um destino mais saloio, vá). E bem, que há para dizer? Nada. Talvez venha com mais disposição para escrever regularmente as minhas estorinhas, talvez depois dos exames. Por falar de exames adorei as notas do ministério enaltecendo as grandes subidas de média, dizendo que eram fruto do seu esforço (?), e desvalorizando as descidas das médias inventado desculpa esfarrapadas! Poder de invenção brilhante!

 

Falando de assuntos sérios, Ingrid Betancourt foi libertada. Finalmente boas notí­cias! 

 

 

E pronto. Deliciem-se com esta música. Até para a semana.

 

música: john frusciante-carvel

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