Does it make any sense?! No? So, welcome.
09
Nov 08
publicado por Andi, às 15:51link do post | comentar | ver comentários (1)

Protegidos por casas confortáveis, com roupa supostamente bonita, todas as comodidades indicadas como as suficientes para nos fazer sentir felizes, uma vida (quase) perfeita. Muitos amigos, um trabalho, alguém para constituir família, e passar assim os nossos dias.

 

Nem sei como escrever isto, se começarei por dizer que sou eu a ingénua, mas consigo ver falsidade e hipocrisia em quase tudo o que me rodeia, ou se acho que simplesmente é um modo de estar na vida. Conectar-se a tudo, apenas superficialmente, conhecer o suficiente para dizer que conhece, e poder tirar proveito disso, mas não profundamente, para algum dia poder ajudar essa alguém, ter que se sacrificar, tirar algum do seu tempo, prestar atenção a alguém.

 

É assim que me encontro debaixo da ponte, desprotegida do vento agreste da falsidade e do oportunismo, ignorada por vezes e com demasiada atenção outras vezes.

 

Simplesmente, ignorarei esse vento ininterrupto, acomodando-me num canto qualquer sujo, debaixo dessa ponte onde existem muitas pessoas, mas nenhuma consegue ver os outros, onde, afinal, estamos todos juntos, mas irremediavelmente sozinhos.

 

 

 

 

 

música: Under the bridge - Red hot chili peppers
sinto-me: uups, too personal

24
Ago 07
publicado por Andi, às 02:15link do post | comentar | ver comentários (2)

Nunca falei sobre este tema que inspira muita gente a fazer todo o tipo de coisas desde arte a parvoíces. O amor... Tantas definições, tantos clichés, tantas frases feitas, tanto dito acerca de algo que é mutável, modifica-se com as pessoas, com a idade, com os lugares, até com o tempo... Não desejo dizer o que é, não aspiro ao impossível, é demasiado irracional e relativo para ser verbalizado.

 

*

 

 

"Amo-te muito", "Amo-te para sempre".... Ele já lhe havera dito aquelas frases milhentas vezes, repetidamente, sem nexo, fora do contexto, e pensou que estava a fazê-la feliz, que ela era a mulher mais feliz do mundo!! Como ele era ingénuo, mundano e fútil, nada do que dizia era verdadeiro. Ela sabi-o. Detestava que ele lhe dissesse aquelas banalidades, sem sentido, tão superficias, fingidas e ensaiadas... Tão racionais!! Sabia também que ele nunca pensava nisso, não a amava, apenas a desejava fisicamente, e achava que isso era tudo. Vivia rodeado por lendas e mitos urbanos acerca do que é uma vida conjugal, e do que era o amor. Os seus olhos eram vazios e sem sentimento, quando se declarava nunca a olhava nos olhos, não aguentava o seu olhar de Amazona altiva e intocável.

 

Ela nunca o dissera, nunca havera verbalizado o amor por ele, porque ele simplesmente não existia, e até porque achava as formas de exprimir dele patéticas! "Amo-te muito"?!? Muito?

Amar não seria suficiente? Como se pode amar pouco? "Para sempre"... Que utopia, que estupidez!!! Tal como não há futuro, tão pouco pode haver "para sempre", tudo é finito, tudo acaba por ter um fim, por mais que tenha durado, mas que importava isso? Era apenas mais uma das mentiras e dissimulações dele. Aprendera a viver com aquilo, já nem se importava, alheava-se completamente dele, nem o sentia a tocar-lhe... Nada. Alheava-se nos seus pensamentos e no seu mundo, só seu, onde não haviam eles e não haviam racionalidades.

E aí ficava bem, tranquila e serena.

 

 

*

 

 

 

Isto foi apenas uma história fictícia, uma fracção da minha perspectiva pessoal do que é esse gigante que dizem ser a razão de tudo, bem algumas pessoas o dizem, não digo que não nem que sim. Que importa o que digo? Apenas tenho a certeza, pessoal também, que o amor é irracional, em que aspectos ou em que medida não sei precisar, mas para mim é este o meu mundo.... O irracional.

sinto-me: demasiado pensativa...
música: Comptine d'une autre été- l'aprés midi - Yann Tiersen

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