Does it make any sense?! No? So, welcome.
16
Jan 11
publicado por Andi, às 23:43link do post | comentar | ver comentários (2)

Abro a página e aparece um aviso a perguntar-me se quero recuperar um rascunho que fiz, mas não publiquei. Digo que não. Quero um recomeço. Há tantas coisas que me arrependo de não ter feito, essencialmente de não ter feito, de não ter arriscado. Quem diz que nunca se arrepende de nada é dos maiores mentirosos que pode existir. Essencialmente porque sabem que isso não é verdade.

 

Cliché, não é? Infeliz ou felizmente é verdade, não estou com discernimento para poder decidir, a maior parte dos clichés é verdade. E o maior problema é que por ser cliché não nos lembramos deles. A questão de como tudo é efémero, incluindo a vida, e que por causa disso, podemos dar prioridades a certas coisas não passa de conversa de café ou de conversa de talkshow patético. Pergunto-me quantos de nós tentam ou tentarão fazer aquilo que realmente querem, que lhes surge no ímpeto da sua personalidade?

 

Os medos, as fobias, as pressões, as sociedades, a pseudo-racionalidade são como muros sólidos e imbatíveis ao que queremos. Contudo, muros já foram derrubados, barreiras esbatidas... Engraçado como as questões se nos deparam diferentes conforme pensamos numa perspectiva mundana ou universal.

 

Estou com crises existenciais de adolescente... Podem dizer, e é verdade, afirmo-o. Mas nem vamos entrar por aí, a vida não tem idade, os sentimentos, ou pensamentos são só restringidos quando tiveres 30? E quando tiveres 20 só podes fazer asneiras, e com 70 o melhor é deitares numa cama até ao fim dos teus dias esperando que a doce Morte te arrebate dessa apatia!? Que se lixem as convenções e esses impedimentos.

 

"Today is the greatest day of your life".

 

 

 

 

 

sinto-me: fuck limits
música: Smashing pumpkins - Today

08
Jul 10
publicado por Andi, às 22:37link do post | comentar

Aparentemente a minha melhor escrita surge sempre em momentos inesperados, em que me vem uma ideia à cabeça, e instâneamente me sento com o computador à frente e ela vai fluindo com naturalidade, há um encadeamento de palavras que me parecem lógicas. Outras vezes, tenho esse ímpeto e não escrevo imediatamente, depois quando tento reproduzir, não sai nada do que eu imaginara! Será que existe assim uma fonte de criatividade ou de ideias, e a minha está prestes a secar? Ou então sou eu que não sei como extrair nada dela!?

 

Enfim, outro aspecto que já me apercebi também, que a melhor escrita é sempre acompanhada por algum grau de dor, de sofrimento. Terapêutico ou não, não consigo descrever uma relação de causalidade.

 

Na verdade o que me tem atormentado ultimamente são as minhas decisões. Com que base é que as tomo, se serão correctas? Ponho e retiro factores, tal qual equação matemática, mas ao contrário desta não tenho uma solução certa no final, não consigo encontrar uma regra. Era tudo muito mais fácil se houvesse método em tudo, se a vida fosse uma Química Orgânica... (exame de amanhã!) Contudo, não haveria criatividade, não existiria escrita, seria muito mais triste. Fácil, mas triste. Não digo que as coisas não sejam tristes com toda esta irracionalidade. mas esta é uma tristeza oscilante, que, por vezes, se transfigura e nos parece melhor, nos parece suportável. Venha o caos e a irracionalidade. Mas que amanhã na minha cabeça reine a lógica orgânica!

 

 

música: Wagner - Die Walküre Act 3 - Ride of the Valkyries

17
Jun 10
publicado por Andi, às 19:11link do post | comentar

Ontem dei-me conta que a maior parte do que escrevo não dá para ser condensado, não dá para referir uma frase e considerar o que eu escrevo é bom (nem mau), aliás, também não quero saber qual das opções é a mais correcta. Mas pus-me a pensar, se exceptuarmos palavras e comentários menos agradáveis (ahh, eufemismo!)  sobre aquilo que eu escrevo, como conseguir condensar aquilo que me vai cá dentro? Será possível? Deve ser por isso que eu não aprecio poesia, nem sou capaz de escrevê-la, porque não consigo condensar tudo aquilo que quero dizer em pouca coisa, não consigo dotar as palavras desse sentido intenso. Só se será realmente capaz de escrever quando se produz frases de tamanho sentido e beleza ou o significado geral só por si é suficiente?!


16
Jun 10
publicado por Andi, às 21:54link do post | comentar | ver comentários (6)

Só um pequeno aparte antes de começar a enxurrada do costume. Já repararam que ultimamente os meus títulos têm sempre uma numeração e que é quase sempre um? Suspeito que já me ando a repetir, enfim, é apenas um reflexo da minha organização.

 

 

*

 

Sonhos. Supostamente todos os temos. Atenção, refiro-me aos sonhos que acontecem quando dormimos, não dos sonhos que equivalem a objectivos pessoais. Sonho imenso, lembro-me desses sonhos. Quando acordo após ter um tudo me parece tão real, mas simultaneamente estúpido, sei que são dois mundos diferentes, contudo, sinto-me tão dividida tantas vezes que se torna difícil saber o que é real, o que é imaginário, os déjà vu preenchem o meu quotidiano. Penso que estou constantemente a viver o mesmo, com situações pontuais numa realidade alternativa onde tudo é diferente. Talvez seja um bom exercício trazer esses sonhos para o papel, colmata a falta de imaginação e cura-me os desassossegos nocturnos. Quero deixar um aviso a quem não esteja habituado a textos sem qualquer tipo de sentido, estes vão ser desse tipo...

 

 

Algures no último mês:

 

Encontro-me num local sem espaço nem tempo, tudo escuro. Tudo se concentra na minha pessoa. Sinto-me inquieta (Provavelmente nestes pontos, mexo-me enquanto durmo). Vejo, depois, que todo o meu corpo tem sanguessugas pretas e gordas a sugar-me o sangue (por falar nisso, tenho de ir dar sangue um dia destes). Sugam, sugam e sugam. Tento afastá-las com as mãos, mas não consigo, cliché de todos os sonhos, nunca se consegue nada para impedir o mal que acontece. A situação piora quando elas se implantam debaixo da pele. Quando dou por mim tenho um bisturi nas mão e corto-me para tentar retirá-las. Outra parte engraçada nos sonhos, temos sempre um arsenal de instrumentos incrível. Corto-me imenso, e faz-me muita impressão o raio das sanguessugas. Acordo.

 

 

E é assim uma noite normal. Isto nem é pesadelo. Para aqueles que dizem que ando a ver muitos filmes de terror, que há um com uma história semelhante, digo desde já, não vejo filmes de terror, não sigo, mal sei as histórias. Com sonhos desses, se me puser a ver filmes está instalada a insónia.

 

 

Dito isto, durmam bem.

 

 

sinto-me: com sono

21
Mai 10
publicado por Andi, às 23:57link do post | comentar

É um dia normal. O sol torra o que resta dos nossos neurónios, essas células representantes da nossa inteligência, que nesse âmbito se encontram bastante escassas, a relva torna-se amarela, os incautos padecem de uma espécie de demência provocada por insolação, um dia típico de Verão na urbe.  Exceptuando a relva que para além de amarela, é escassa. Perguntava-me sobre a representação das nossas supostas características através de elementos anatómicos e histológicos do nosso corpo, como as emoções se encontrarem no nosso coração, então quando temos um coração dilatado por termos aterosclerose, devido à nossa tão equilibrada dieta em lípidos, que é como quem diz em gorduras, amarelas e viscosas. Já imaginaram? Então esse coração engrandecido, sinal de bondade e carácter que tem a haver com isso mesmo?! Por vezes, apetece-me revolucionar os clichés, inventar outros, parece-me tudo tão absurdo. Mas andamos a divagar. Digo nós porque é mesmo disso que este texto fala, aquilo que me acompanha não pode ser ignorado.

 

Está um dia de calor mais que infernal. Passeio por esses pseudo-jardins, observando os comportamentos que acho estranhos, mas que são considerados típicos, é um cenário típico também. A bela moça passeando num dia maravilhoso e eis que aparece o seu cavaleiro andante num cavalo branco. Típico. Mas tudo o que parece acontecer é atípico, ou sem qualquer designação, tenho-me alheado tanto que nem sei o que é mais típico, nem consigo saber já qual o meu passado, nem o que se está a passar, mas já te esqueço, desculpa, o que nos está a acontecer, o que fazemos?

 

Por agora não interessa, interessa sim dizer que não me esperava nenhum cavaleiro andante obviamente, eles estão reservados às meninas que  não têm coragem suficiente para saber o que é sair do seu castelo, para sair da sua janela onde esperam que um qualquer moçoilo também lhes trepe as tranças, até a uma escapadela na sua cama de dossel, onde uma escapadela se torna uma eternidade, e aí permanecem. Esperava-me nada também obviamente, nunca nada está reservado para nós, temos que ir roubando pedacinhos quando conseguimos. Mas seguiu-nos tu. Conseguíamos ver-te pelo canto do olho , escondias-te e tal como criança traquina aparecias novamente. Tu, que não tens forma, nem designação, seguiste-nos até casa, e aposto, quando sair novamente de casa, me seguirás novamente. Bem-vinda sombra a este dia de calor nada agradável.

 

 

 

 

sinto-me: Typical - Mute Math
música: Typical - Mute Math

13
Abr 10
publicado por Andi, às 14:15link do post | comentar | ver comentários (1)

"-Tem a certeza de que não é "irracional"?

-Eu? Irracional?

-Toda a ideia vivida é do sangue, não do cérebro. Não há ideias estritamente «racionais»."

 

in Aparição (livro que ando a ler neste momento).

 

 

 


07
Abr 10
publicado por Andi, às 16:30link do post | comentar | ver comentários (2)

Sinto inquietação. Várias questões assombram o meu dia. Chego ao fim do dia e vou à primeira aula de código. Chego a várias conclusões: primeiro, preciso aumentar a minha graduação, mal consegui ver os testes projectados na parede, depois a indiferença que por vezes sinto não é imaginada, é real, consigo pressenti-la até nas coisas mais fúteis como as regras de trânsito, tudo em nome da ordem e das regras, de prémio e castigo, de inutilidades gigantescas. Pesa. Pesa sobre mim essa indiferença tão pouco disfarçada, esses esgares de superioridade, de errada genuidade, pesa essa avaliação constante, superficial é certo, essa crítica instantânea, essa rejeição ridícula. Basta! Basta de tentar qualificar, isso é o que acontece, tentar contornar essa gigantesca massa que vem na nossa direcção é mais difícil, mas tentarei, ser, era o suficiente. Ser.

 

música: Morning Yearning - Ben Harper

02
Abr 10
publicado por Andi, às 00:50link do post | comentar | ver comentários (1)

Irrita-me profundamente deparar-me com blogs cujo conteúdo resume-se a umas quantas fotografias supostamente artísticas e textos cuja essência eu consigo resumir: "Ele olha-me com aquele olhar ferido... Acabei com a nossa relação e sofri muito...Tivemos esta conversa ainda há uns dias... Estou com ele novamente...Ele é a minha vida... Ele... Ele... ELE.... ELEEEEEE!!!".

 

Estou chata e rabugenta e há coisas que me irritam até às entranhas.

sinto-me: rabugenta

11
Mar 10
publicado por Andi, às 22:53link do post | comentar | ver comentários (5)

em que estou inexplicavelmente cansada.


Tired by ~billysphoto on deviantART
música: There's Nothing Wrong with Us -David Fonseca
sinto-me: cansada

05
Mar 10
publicado por Andi, às 18:47link do post | comentar

Para quem ainda não reparou no lado direito do blog se andarem um bocadinho para baixo (duvido que o tenham feito) existe um dístico que diz Super Blog Awards.

 

Porque raio é que isto está aqui, podem perguntar-se. Bem, nem eu sei responder precisamente. Não tenho pretensões de ganhar, sei perfeitamente que o meu blog é demasiado abstracto, irracional, ou simplesmente estúpido, para ser apreciado e seguido pela maior parte das pessoas. A questão é que quis marcar a minha presença irracional, o espaço da blogosfera também pode ser utilizado para irracionalidades diversas, e essa é uma utilização que me agrada.

 

Portanto sejam irracionais.

 

 

 

música: Hero - Nickelback
sinto-me: publicitária

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