"-Tem a certeza de que não é "irracional"?
-Eu? Irracional?
-Toda a ideia vivida é do sangue, não do cérebro. Não há ideias estritamente «racionais»."
in Aparição (livro que ando a ler neste momento).
"-Tem a certeza de que não é "irracional"?
-Eu? Irracional?
-Toda a ideia vivida é do sangue, não do cérebro. Não há ideias estritamente «racionais»."
in Aparição (livro que ando a ler neste momento).
Nos últimos tempos tenho tentado ganhar novamente o hábito de leitura que tive desde muito cedo. Nunca cessei de ler, mas com tantos trabalhos e materiais da faculdade para ler, tenho ficado cansada nesse aspecto, pelo que ultimamente, os filmes e as séries preenchem os meus tempos livres. Quero voltar a esse ritmo feroz de leitura todos os dias, nos tempos de insónias e tempos mortos. O último livro que li foi:
O Afinador de Pianos, de Daniel Mason
Uma amiga minha tinha este livro, e resolvi requisitá-lo na biblioteca para lê-lo, começou bem o livro, pareceu-me interessante a descrição exótica da Birmânia já inexistente. Contudo à medida que fui avançando na narrativa, esta pareceu-me prolongar-se demasiado, arrastando-se. Cheguei ao fim com uma sensação de ser enganada, achei o fim demasiado previsível e fácil e a narrativa no todo com muitas pontas soltas. No total é um livro que se lê só para descontrair, ou porque não se tem mais nada para ler.
Classificação: 12/20
Neste momento estou a ler Memórias de uma Menina Bem-Comportada, de Simone de Beauvoir.
Como já vem a ser habitual, venho aqui dar a conhecer o que têm sido a minha leitura nestes últimos tempos, como estive de férias, tive muito mais tempo, o qual aproveitei para ler alguns livros que tinha guardados, aqui vai uma espreitadela por essa leitura de Verão.
A Queda de Atlântida, de Marion Zimmer Bradley
Já tinha começado a ler um livro da autora anteriormente, mas por alguma razão que não me lembro não cheguei a acabar. Achei este livro muito decepcionante, não gostei da história, achei que não tinha uma continuidade. Não gostei, ponto.
Classificação: 7/20
As Aventuras de Tom Bombadil, de J.R.R. Tolkien
Bem, este é um clássico, decidi ler para também ver como era a escrita de Tolkien para além da trilogia e do Hobbit, que também está relacionado com a trilogia, que foram os livros dele que li até agora. Apesar de ter uma primeira parte daqueles poemas característicos dele, e que eu pessoalmente não aprecio muito, as outras histórias compensaram. Não tem qualidade comparável com os outros livros, mas pronto é Tolkien. Tolkien é Tolkien.
Classificação: 13/20
A Fúria das Vinhas, de Francisco Moita Flores
Porque não leio só escritores estrangeiros, A Fúria das Vinhas foi a minha escolha. Um livro com muita História por trás, com traços de Ciência também, um livro que falta de perseverança e teimosia, características que eu aprecio, aliás como apreciei o livro também.
Classificação:16/20
Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
Livro da famosa escritora inglesa Jane Austen, considerado por muitos a sua maior obra-prima. Li este livro quando fiquei doente (nas férias, que sorte a minha!) e li-o muito rápido, em dois, três dias despachei-o. Apesar de ser uma escrita muito pomposa e formal gostei muito do seu desenvolvimento e consegui antever algumas críticas subliminares à sociedade da altura, bem como aos costumes e modo de pensar e agir. Após ler o livro vi o filme e agradou-me, embora se o contrário tivesse acontecido, presumo que não gostaria tanto do livro ou vice-versa.
Classificação: 19/20
O triunfo dos Porcos, de George Orwell
Livro relativamente simples de ler, mas com uma mensagem bastante poderosa. Uma fábula política que nos faz pensar.
Classificação: 15/20
Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez
Gostei particularmente deste livro, achei a história muito interessante, gostei da forma como foi articulada, enfim, gostei mesmo. Tenho uma certa empatia pelos escritores da América Latina, não me perguntem porquê, mas penso que o seu modo de escrever é peculiar, é diferente.
Classificação:19/20
O Cão dos Baskervilles, de Sir Arthur Conan Doyle
Foi o primeiro livro deste grande senhor que li, e certamente não será o último. Comecei pelo fim é certo, mas os dados revelados neste livro não me irão tirar o prazer desta saga. Gostei do livro, é simples e traz suspense. No entanto, achei que o fim foi revelado um pouco antes do que era desejável, retirando um pouco aquela ansiedade de saber o final.
Classificação: 16/20
Os Despojos do dia , de Kazuo Ishiguro
Finalmente o último livro escolhido revelou-se uma escolha muito, muito, muito triste. Eu quando me decido a ler um livro, leio-o até ao fim, não deixo pelo meio, não espero um mês para voltar a ler, é verdade, eu massacro-me, mesmo que o livro esteja a ser uma tortura. Este livro foi um deles. Livro chato, chato, chato! O autor de origem japonesa, mas que cresceu sendo um inglês, não podia ter tornado o livro mais chato. Li este livro pensando que algo se iria alterar, algo iria trazer alguma vivacidade à leitura, mas nada. Eu sei que o autor pretendeu ter uma crítica sátira e irónica da sociedade inglesa que o livro retrata, ao típico mordomo inglês, mas, na minha opinião, não o fez da melhor forma.
Classificação: 4/20
E pronto, eu sei que esta espécie de rubrica saiu um bocado tarde, mas cá está. Neste momento encontro-me a ler A Ordem Natural das Coisas, de António Lobo Antunes,
Não é segredo para quase ninguém, que existem épocas que eu quase devoro livros, literalmente. Ok, quase literalmente.
Assim sendo,senhoras e senhores, crianças e idosos vou apresentar-vos os meus companheiros deste Verão (desculpa Jossy :S) :
O velho que lia Romances de Amor, de Luís Sepúlveda
O primeiro que li. Simples, mas encantador, a meu ver. Gostei de todo o aspecto da selva amazônica. Uma excelente obra e que se lê muito bem.
O Ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago
Imagem péssima. O livro não foi muito melhor. Sinceramente não volto a ler Saramago nos próximos dez anos. Péssima experiência, ia a um terço do livro e já sabia como ia acabar, pode parecer arrogância, mas é a verdade. Quatrocentas páginas, cinquenta de história propriamente dita, e o resto notícias, pormenores futeis e insignificantes, enfim que dizer,demore quase o Verão todo nisto, grande desperdício.
A pérola, de John Steinbeck
De todos estes o melhor que li. Igualmente uma história simlpes, mas com uma grande carga simbólica, é uma espécie de conto popular, aliás a história tem essa raíz popular. Obrigado ao seu dono por me ter emprestado xD
Lolita, de Vladimir Nabokov
Ainda vou a meio, mas já percebi toda a polémica e escândalo que envolveu este livro quando saiu. E mais não digo.