A eterna Diva.
Tem estado crítico por aqui, não sei o que faço ao meu tempo, só sei que não tenho qualquer controlo sobre ele! Enfim, vim apenas deixar-vos a salivar de raiva e inveja ao anunciar os dois eventos a que fui estes últimos tempos e que acho que são merecedores de toda a atenção.
Primeiro, fui ver o meu primeiro circo, é verdade fui uma criança que nunca foi ao circo, mas traumas à parte, nada melhor do que o Varekai para essa estreia. Nem sei como descrevê-lo, apenas posso dizer que desde o ínico ao fim não consegui fechar a boca. Para quem não sabe (shame on you!) Varekai é o último espectáculo do Cirque do Soleil, que dispensa qualquer tipo de apresentação.
"No fundo de uma floresta, no topo de um vulcão, existe um mundo extraordinário. Um mundo onde outras coisas são possíveis. Um mundo chamado Varekai.
Um jovem solitário cai dos céus e assim começa a história de Varekai. Caindo de pára-quedas no meio de uma floresta misteriosa e mágica, um lugar fabuloso habitado por criaturas de mil metamorfoses, este jovem homem lança-se numa aventura absurda e intrigante. Neste dia, neste lugar longínquo onde tudo é possível, inicia-se uma celebração à vida redescoberta.
A palavra varekai significa «em qualquer lugar» na língua dos ciganos, os eternos nômades. Varekai é uma homenagem ao espírito nómada, à alma e à arte da tradição do circo, bem como à paixão infinita de todos os que continuam a sua busca no caminho que leva a Varekai."
O jovem referido no excerto é Icarus, cuja viagem eu acompanheie é no mínimo estonteante.
De todos os actos que vimos encadeados na história de Icarus não houve exactamente um preferido, contudo o que eu achei mais arriscado e que me fez fechar várias vezes os olhos foi o que no site é referido como os "Russians Swings", num baloiço destes eu não andava, de certeza!
Falando agora de outro evento, AC/DC. Mais inveja, mais ódio, andem lá! quero receber comentários a mal dizerem tudo e todos... Picardias à parte, basicamente o que eu tenho a dizer é que os AC/DC rulam. Melhor concerto a que eu já assisti!
Não liguem ao som deste vídeo, foi dos melhorzinhos que eu arranjei...
Estava eu a ouvir a m80 e passou esta música. Já não a ouvia há algum tempo. É do albu Sob Escuta, dos GNR, obviamente, que data de 1994. Só um pequeno aparte Rui Reininho, se me desses a música a ouvir em 1994, acredita que teria seguido o teu conselho.
Há um lixo novo pra limpar ao nascer
Um grito surdo que tentam calar
Vais ouvir e ver
Mais vale nunca
Nunca mais saber
Mais vale nada
Nunca mais querer
Mais vale nunca mais crescer
É tê e vê cérebro em fuga a dominar
Gene preguiçoso e letal
Olha pró que eu faço
Mais vale nunca
Nunca aprender
Mais vale nada
Nunca mais querer
Mais vale nunca mais crescer
Ficas a aprender
Mais vale nunca
Nunca mais saber
Mais vale nada
Nunca mais beber
Mais vale nunca mais crescer
Agora é a doer
Mais vale nunca
Nunca apetecer
Mais vale nada
Nunca escolher
Mais vale nunca mais crescer
Vais ouvir e ver...
Eu prometi que voltava. Nunca cheguei a partir, mas isso são pormenores ortográficos, literários, íntrinsecos das palavras. Tenho pensado no sentido das palavras, na sua importância, ou naquela que eu lhas confiro. Será demasiado? Será tudo demasiado pensado, prepositado, organizado para parecer o que eu quero. Manipulo-as demasiado? Pensei, e pensei e pensei. (Fui fazendo algumas coisas, não sou assim maníaca dessa forma). E eu acho que sim. Eu utilizo as palavras e não a história, não o seu conjunto, não o seu significado. Utilização egoísta e excêntrica. Exaustiva, por vezes. Palavras, palavras, palavras. Estou a descobrir que sou uma Monica Geller em termos de palavras (ver série Friends, se quiserem perceber algo que eu estou a dizer, tornem-se Friend's junkies, como eu!!).
Aqui fica algo para animar as almas amarguradas por testes e exames, libertem-se da (o)pressão.
Protegidos por casas confortáveis, com roupa supostamente bonita, todas as comodidades indicadas como as suficientes para nos fazer sentir felizes, uma vida (quase) perfeita. Muitos amigos, um trabalho, alguém para constituir família, e passar assim os nossos dias.
Nem sei como escrever isto, se começarei por dizer que sou eu a ingénua, mas consigo ver falsidade e hipocrisia em quase tudo o que me rodeia, ou se acho que simplesmente é um modo de estar na vida. Conectar-se a tudo, apenas superficialmente, conhecer o suficiente para dizer que conhece, e poder tirar proveito disso, mas não profundamente, para algum dia poder ajudar essa alguém, ter que se sacrificar, tirar algum do seu tempo, prestar atenção a alguém.
É assim que me encontro debaixo da ponte, desprotegida do vento agreste da falsidade e do oportunismo, ignorada por vezes e com demasiada atenção outras vezes.
Simplesmente, ignorarei esse vento ininterrupto, acomodando-me num canto qualquer sujo, debaixo dessa ponte onde existem muitas pessoas, mas nenhuma consegue ver os outros, onde, afinal, estamos todos juntos, mas irremediavelmente sozinhos.
Existem certos acontecimentos que me deixam invejosa, e que me levam a achar a insularidade destes calhaus muito indesejável. Este é um deles. O congresso feminista que está a decorrer desde hoje até ao dia 28. O feminismo foi sempre uma causa que me despertou interesse. Sempre caracterizadas como o "sexo fraco", ou donas de casa, e como seres obedientes, submissos e isentos de pensamentos lógicos, algumas mulheres durante o passado século tiveram um papel fundamental em mudar algumas mentalidades e atitudes tidas como sensatas. Posso destacar aqui a insular Natália Correia como exemplo de luta por esses direitos fundamentais. Desde o direito ao voto, ao trabalho, à igualdade de salários, até ao modo como era tratada pelo marido, e vista pela sociedade, muito tem mudado, felizmente, desde esses tempos. É impensável, e até repugnante, que a mulher tenha que pedir permissão ao marido, que tenha que ganhar menos que este, etc, situações normais no século passado, aquando o Estado Novo.
Existiam e ainda existem muitas outras situações actualmente em que os direitos das mulheres não são preservados. Isto falando no nosso país, pois eu nem quero chegar à zona oriental porque, provavelmente, não conseguirei escrever nada decente, tal é a minha indignação. Ontem na televisão, na RTP2, até deu um programa interessante sobre isso, o Câmara Clara, cujo tema era o feminismo e toda a evolução que teve e consequentes efeitos. (Nem vou comentar porque é na RTP2 e não na TVI, por exemplo, acho que as milhentas novelas que dão por dia não falam muito sobre o feminismo....)
Aqui fica um excerto do programa.
Ultimamente tenho ouvido Silence4. Já tinha saudades de ouvir. Não consigo escrever mais nada minimamente decente, por isso aqui fica a música, a tua música...
Como Amelie nerd que sou, não podia ter deixado de reparar na espantosa música que o filme tem, e que foi feita por um gigantesco nome da música, na minha opinião, Yann Tiersen. Desde então ouço-o, e deleito-me com as suas músicas de piano, acordeão, venha o que vier. Encontrei este vídeo e não pude deixar de o colocar aqui, de tão extraordinario. Rue des cascades, Yann tiersen. Até tirava a voz daqui, a música é tão genial que eu acho que a voz só a vem estragar...